Foi um dos melhores guarda-redes de todos os tempos do hóquei em patins espanhol e mundial. Ganhou tudo o que havia para ganhar como jogador em Portugal. O seu palmarés é invejável: uma Taça de Espanha (ao serviço do Noia), 11 títulos de campeão de Portugal, 7 Taças de Portugal, 9 Supertaças de Portugal (com a camisola do FC Porto) e ainda um Campeonato da Europa, com as cores de Espanha. Edo Bosch ganhou quase tudo o que havia para ganhar...mas uma competição teima em escapar-lhe. Escapou-lhe como jogador e continua agora a fugir como treinador.

Domingo, Edo Bosch, atual treinador da Oliveirense, viu a sua equipa perder por 2-1 com o Sporting na final da edição 20223/24 da Liga dos Campeões. Foi a terceira vez que deixou escapar o mais importante troféu europeu de clubes como treinador. E, antes, tinha-o visto fugir por nada mais, nada menos do que sete como jogador.

Ora vejamos: as derrotas como jogador ocorreram entre 1998 e e 2016, quando defendia a baliza do FC Porto. Viu-se batido pelo Barcelona por quatro vezes, pelo Benfica por duas e pelo Igualada por uma.

Terminada a carreira de jogador, Edo Bosch abraçou, então a de guarda-redes. Mas a sorte na Champions continua a não querer nada com ele.

No entanto, a maldição Champions parece manter-se. Em 2022 e 2023, o espanhol levou o Valongo a duas finais seguidas da Liga dos Campeões. Se a primeira foi desvalorizada devido à ausência das melhores equipas devido a um protesto, a segunda acabou por ser a confirmação do bom trabalho do técnico. Perdeu frente a Trissino e FC Porto.

Estreou-se como treinador principal no Valongo e, com alguma surpresa, sobretudo no segundo ano, conduziu o clube norteno a duas vinais da Liga dos Campeões (a primeira, num ano em que os principais emblemas boicotaram a competição, em 2021/22, perdida para o GSH Trissino e a segunda, em 2022/23, perdida para o FC Porto. Mudou-se, no início da presente temporada, para o comando técnico da Oliveirense e logrou então a sua terceira final consecutiva. Mas sofreu novo dissabor, com a referida derrota deste domingo, no Pavilhão Rosa Mota, frente ao Sporting (curiosamente o clube que, já se sabe, irá orientar na próxima época). Antes de rumar a Alvalade, porém, tem ainda o sonho de levar o clube de Oliveira de Azeméis ao título de campeão nacional.

"Faltou-nos aquela estrelinha que também é precisa nestes jogos. Esta equipa trabalha junta há nove meses e defrontou outras que está junta há vários anos, por isso têm de estar orgulhosos pelo que fizeram. Agora temos de recuperar, não é fácil perder uma final, mas os meus jogadores são grandes profissionais e temos ainda o campeonato pela frente, temos uma palavra a dizer no playoff que aí vem", afirmou Edo Bosch após o do encontro.