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A seleção portuguesa entrou no Mundial de hóquei em patins com uma vitória sobre o Chile, mas ficou bastante desagradada com a arbitragem.
Portugal ganhou, mas não goleou
Após uma partida muito disputada, em que os golos demoraram a surgir, Portugal venceu por 5-3 frente ao Chile, com grandes dificuldades em mostrar superioridade aos sul-americanos.
O último jogo do Grupo A, neste domingo, foi vivido com grande emoção e tensão, não conseguindo Portugal garantir tranquilidade aos seus adeptos, que lotaram o pavilhão Multidesportivo de Luanda.
Apesar de ser uma selecção com experiência, que deixa no público uma grande expectativa para vitórias, o seleccionador português, Luís Sénica, lembrou que é uma equipa com seis jogadores jovens que estão pela primeira vez no mundial e que não se vão deixar influenciar por essa "pressão".
«Não nos vamos deixar coagir por jogos de intelectualidade, nem psicológicos», disse defendendo que esta é uma selecção que «soube estar na pista contra dois adversários, o Chile e as regras», deitando críticas à arbitragem.
«Esperava um jogo intenso, Portugal dominou a partida praticamente toda, mas jogámos contra uma equipa que procurou a contenção, o erro e que foi protegida por aquilo que são as regras do jogo», salientou Sénica, demonstrando desagrado.
Ríspido nas respostas, Sénica afirmou ter usado todos os jogadores, conforme as necessidades da equipa: «O Luís Viana jogou o estritamente necessário», justificou quando questionado sobre o tempo do jogador português em campo.
«Portugal jogou em casa»
A disputa entre o Chile não aconteceu apenas dentro da quadra. Cá fora dançou-se muito mais o Vira e o Fandango do que qualquer Cueca chilena. Portugal pode dizer que jogou em casa, com o ambiente eufórico que se viveu nas bancadas.
O Professor Sénica e o jogador Ângelo Girão não negaram esse apoio: «Um bem-haja para eles. Jogámos em casa, foi fantástico, estamos maravilhados!»
«Arbitragem não foi perfeita»
Num jogo marcado por muitas faltas e cartões azuis, em que os golos do Chile foram marcados em lances de bola parada, as duas equipas revelaram grande desagrado pelo desempenho da arbitragem. A equipa Navarro (Espanha), Arnaud Esoli (França) e Leandro Agra (Brasil) não foram poupadas a críticas.
No que toca ao piso, nem Portugal, nem o Chile reclamaram. Se sobre a arbitragem estiveram ambos de acordo, por motivos diferentes, sobre o piso da quadra do Multidesportivo também.
«Esta pista é maravilhosa. Foi igual para todos e não há nada a apontar, as condições do pavilhão são óptimas», confirmaram.
Ao contrário dos jogos anteriores, em que o Brasil massacrou a Áustria e a Espanha não deu tempo à Suíça, o jogo Portugal vs Chile foi o único do Grupo A com menor diferença de golos.
Esta segunda-feira, 23, joga-se o Angola vs Chile; Suíça vs Brasil; Áustria vs Espanha; África do Sul vs Portugal.
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