A equipa da Candelária, da ilha do Pico, venceu sábado a formação espanhola do Noia por 2-0, em encontro da primeira jornada do Grupo B da Liga Europeia de hóquei em patins.
A partida, realizada no pavilhão da Candelária, nos Açores, foi equilibrada, em termos de oportunidades de golo, com ligeira superioridade para a equipa da casa, que conseguiu desfeitear o guarda-redes Xavier Puigbi por duas vezes, apesar da excelente prestação do guardião espanhol, um dos melhores jogadores em campo.
As oportunidades de golo foram repartidas no primeiro tempo, fase em que os guarda-redes das duas equipas estiveram em destaque, defendendo os remates, quase todos de meia distância, que iam aparecendo no encontro.
O primeiro golo da partida viria a surgir aos 17 minutos, num dos muitos livres coletivos assinalados na primeira parte pela dupla de arbitragem italiana, com Tiago Rafael a fazer um curto passe para o remate forte de Jorge Silva, sem hipóteses para o guardião espanhol.
Um minuto antes, já Jorge Silva tinha ameaçado marcar, numa jogada em que esteva cara a cara com o guarda-redes do Noia, mas o melhor que conseguiu fazer foi rematar à barra da baliza espanhola.
Os 22 minutos, também na cobrança de um livre, Francesc Bargalló, um veterano jogador espanhol, rematou à baliza, aproveitando a distração da equipa da casa, valendo, na ocasião, a defesa do guarda-redes João Miguel, do Candelária.
No minuto seguinte foi Nuno Araújo, acabado de entrar em jogo, a rematar forte, a meia distância, voltando a levar o esférico ao travessão da baliza defendida por Xavier Puigbi, mas o marcador não sofreu alterações até ao intervalo.
No segundo tempo, a equipa espanhola (que se confronta com o Candelária pelo terceiro ano consecutivo em competições europeias) entrou mais forte, embora as melhores oportunidades de golo tenham surgido para a equipa da casa.
Aos 28 minutos, em boa posição, sozinho perante o guardião espanhol, Tiago Rafael permite a defesa de Xavier Puigbi e, aos 35, foi João Miguel quem faz o mesmo, perante o forte remate de Francesc Bargalló.
O jogo viria a ficar marcado, no entanto, pelo cartão azul mostrado a Jaume Farres, aos 38 minutos, castigando um derrube de um jogador do Candelária, que durante dois minutos esteve em superioridade numérica, muito contestada, no entanto, pelo treinador espanhol Ferran López.
O livre direto assinalado na sequência da falta não deu em nada, devido a mais uma boa intervenção do guardião espanhol, que esteve "debaixo de fogo" nos instantes seguintes, defendendo uma mão cheia de remates da equipa da casa.
Quando faltava apenas dois segundos para a reentrada em campo do jogador espanhol que tinha sido suspenso por dois minutos, Martin Montivero, um dos dois argentinos ao serviço do Candelária, ampliou a vantagem da equipa da casa, aproveitando uma desatenção da defesa do Noia, que o deixou sozinho, ao segundo poste, tendo apenas de empurrar o esférico para o fundo das redes.
A três minutos do fim, Juan Feixas teve duas grandes oportunidades para marcar para o Noia, primeiro num remate forte de longa distância, e logo a seguir, na ressaca, valendo, em ambos os casos, a atenção de João Miguel.
Martin Montivero ainda teve oportunidade para ampliar a vantagem da equipa da casa, ao cobrar um livre direto a castigar a 10.ª falta coletiva do Noia, mas Xavier Puigbi voltou a negar o golo.
No final, Carlos Dantas, treinador do Candelária, estava satisfeito pela vitória, num grupo considerado muito forte, devido à presença de equipas como o FC Barcelona, de Espanha, ou o Viareggio, de Itália (que empataram 3-3), mas que é liderado, para já, pela equipa açoriana.
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