Ricardo Santos tem praticamente garantida a passagem do "cut" no Portugal Masters em golfe, ao marcar 69 pancadas na segunda volta ao campo do Oceânico Victoria, em Vilamoura, seguindo com um agregado de 141 pancadas, uma abaixo do PAR
Numa altura em que metade dos jogadores ainda não terminou a segunda passagem pelo percurso algarvio, Santos é o único luso com a qualificação na mão, embora Ricardo Melo Gouveia e Pedro Figueiredo estejam provisoriamente com quatro e duas abaixo do PAR, dentro do “cut” projetado, que neste momento está no PAR do campo.
Após sete “cuts” consecutivos falhados em provas do European Tour, Ricardo Santos, jogador do Oceânico Victoria, não escondia o alívio por ter praticamente assegurado a presença nas últimas duas voltas do torneio, no fim de semana.
«Depois de enfiar o ‘putt’ no último buraco fiquei mais aliviado. Menos do que fiz não era fácil, da forma como me senti e como joguei. Por isso, estou bastante satisfeito com a volta de hoje», afirmou no final.
O algarvio garantiu não ter sentido pressão por ter ficado atrás de Filipe Lima e dos amadores Pedro Figueiredo e Ricardo de Melo Gouveia na primeira volta, e até formulou votos que todos os oito portugueses em prova venham a conseguir a qualificação.
«A pressão que senti hoje, e realmente senti-me um pouco nervoso e tenso, não foi porque perdi ontem [quinta-feira] com os três portugueses, até porque tive uma volta sólida. Deus queira que passem os oito, até porque viria mais público no fim de semana. Era bom para mim, para a Oceânico, que eu represento, e acho que para Portugal: quanto mais portugueses melhor para nós e para o golfe em Portugal», sublinhou.
Santos, 94.º da Corrida para o Dubai, esteve aliás algo irregular na volta de hoje, intercalando três “birdies” com três “bogeys”, mas os restantes dois “birdies” que marcou garantiram-lhe uma volta em 69 pancadas, depois das 71 no primeiro dia.
Destaque ainda para Tiago Cruz, ao marcar 66 pancadas, uma das melhores voltas do dia até ao momento. Contudo, as 78 que trazia da primeira volta não lhe permitem ir além de um agregado de 144 (+2 PAR), duas acima do “cut” projetado.
«Hoje esteve menos vento que ontem [quinta-feira], isso foi melhor. Ajudou imenso no resultado que fiz. Fiz bons ‘shots’, ‘puttei’ bem, e no final apresentei um bom ‘score’», explicou o jogador do Estoril.
O principal torneio nacional está a registar uma boa presença lusa e Tiago Cruz considera ser esta mais uma prova do bom trabalho que tem vindo a ser realizado em Portugal.
«De ano para ano estamos a conseguir melhores resultados. É a prova do trabalho que temos vindo a efetuar. Se continuarmos no bom caminho, a trabalhar nos aspetos certos, vão vir ainda melhores resultados no futuro», acrescentou.
Hugo Santos, irmão mais velho de Ricardo Santos, também deu nas vistas ao marcar um “eagle” no buraco 5, mas não deverá conseguir ultrapassar o “cut”.
O Portugal Masters disputa-se até domingo no campo do Oceânico Victoria e distribui um total de 2,25 milhões de euros em prémios, dos quais 375.000 para o campeão.