Pedro Figueiredo aprendeu com os ‘erros’ do ano de estreia e, na sua segunda oportunidade no European Tour, quer fazer o que melhor sabe com o seu jogo para assegurar a permanência direta na ‘primeira divisão’ do golfe europeu.
“Esta no fundo é uma segunda oportunidade. Este ano foi o meu primeiro no European Tour e não correu como eu queria, daí ter de ir jogar esta Escola de Qualificação para conseguir a permanência. […] Sinto-me mais preparado depois deste primeiro ano que não foi fácil. Mas sinto que sei melhor aquilo que tenho de fazer, portanto estou confiante num ano melhor do que foi este primeiro”, reconheceu em declarações à agência Lusa.
Na quarta-feira, o golfista português assegurou a manutenção no European Tour, o principal circuito europeu de profissionais de golfe, ao terminar a Escola de Qualificação no 17.º posto, um feito que o deixou “muito contente” e que lhe permite agora pôr em prática os ensinamentos da estreia.
“Da segunda divisão para a primeira, portanto do Challenge Tour para o European Tour, a maior diferença que senti foi no tipo de campos em que jogamos e tentei, de certa forma, adaptar o meu jogo a esses campos em vez de jogar o jogo normal, aquele em que tenho mais confiança. Tentei, digamos, quase inventar um bocadinho e ir por caminhos que se calhar não me sentia tão confortável a nível de jogo, de estratégia”, avaliou.
Nesse processo de aprendizagem, 'Figgy’ acabou por sofrer “um bocadinho” até perceber que estará melhor a jogar o seu jogo e a fazer o melhor que sabe com ele. Assim, para 2020, o objetivo é garantir, sem sofrimentos desnecessários, a permanência no escalão principal.
“Essa permanência é feita ficando nos 110 primeiros do ‘ranking’. Este ano estive bem longe disso, penso que acabei no 165 [foi 177.º], mas será o meu objetivo principal ficar nesses 110 primeiros no final de 2020 e não ter de jogar esta Escola de Qualificação que é sempre uma prova muito difícil”, notou.
Horas depois de ter garantido a manutenção no European Tour, o golfista de 28 anos recordou duas semanas “bastante cansativas, tanto fisicamente como emocionalmente, mas também bem satisfatórias”.
“Normalmente são três fases, mas tive isenção da primeira fase, por ser jogador do European Tour. Fui, então, à segunda, onde tinha de ficar nos 20 primeiros. Acabei por ficar em 19.º, empatado com cinco jogadores. Desses cinco, só dois é que podiam passar. Fomos a um ‘Play-off’, que é um género de desempate a penáltis, se fosse no futebol. Desses cinco, consegui ficar nos melhores dois e passei à ‘rasquinha’ para a terceira fase. Já aí foi relativamente stressante e estive ali no limite para ser eliminado”, confidenciou.
Conseguido o apuramento para a última fase, “que é quase uma prova de maratona”, por ter seis voltas ao invés das habituais quatro, Pedro Figueiredo tinha de ficar entre os 25 primeiros.
“Joguei de forma bastante consistente durante toda a semana, comecei muito bem a prova, estava nos cinco primeiros depois de três dias. Desci para fora dos 25 primeiros depois da quinta volta, mas consegui manter a calma e a confiança que um bom último dia me iria dar a qualificação e assim foi. Tive um grande último dia, em que joguei muito bem e consegui passar para 17.º lugar, assegurando essa qualificação”, lembrou.
Fechada a temporada de 2019, o golfista mostrou-se satisfeito por ter conseguido demonstrar a si próprio, na quarta-feira, que consegue jogar o seu melhor mesmo em situações adversas.
“Isso é sempre motivo de confiança para aquilo que aí vem”, concluiu.
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