Pedro Figueiredo e Tomás Bessa atacaram hoje os lugares cimeiros do Open de Portugal, que termina no domingo no Royal Óbidos Golf Resort, onde o inglês Todd Clements voltou a assumir o comando, agora na companhia de Jeong Ko.

O primeiro português a entrar hoje em ação no traçado desenhado pelo espanhol Seve Ballesteros foi Bessa, que teve de concluir os últimos cinco buracos da segunda volta, suspensa sexta-feira por falta de luz natural, para assegurar a manutenção em prova.

Ultrapassado o primeiro desafio, o profissional do Alps Tour deu continuidade ao bom ritmo de jogo e, com seis ‘birdies’ (uma abaixo), dois ‘bogeys’ e um ‘eagle’, assinou o melhor resultado nacional na terceira volta, graças a um cartão de 66 ‘shots’ para um agregado de 208 pancadas, oito abaixo do Par.

“Foi bom ter jogado primeiro os últimos cinco buracos para me apurar para os últimos dois dias, joguei bem também. Obviamente que fico muito feliz com este resultado (66 pancadas), permite-me subir alguns lugares e saio muito feliz do dia de hoje”, afirmou, depois de ter caído do ‘top 5’, após fazer um ‘bogey’ no último buraco.

Assim como o jogador de Paredes, de 26 anos, Pedro Figueiredo também conseguiu hoje a sua melhor exibição e resultado no desafiante percurso na região oeste, ao anotar cinco ‘birdies’ (nos buracos 2, 7, 11, 13 e 18) e apenas um ‘bogey’ no buraco 4.

“Acho que tem sido um torneio muito consistente. Desde o primeiro dia que tenho jogado bem. Ontem [sexta-feira] tive dois buracos que me penalizaram muito, mas nos três dias estive bem do ‘tee’ ao ‘green’, tenho estado bem no ‘green’, e acho que as voltas têm mostrado isso. Portanto vou tentar fazer isto amanhã [domingo] e, se Deus quiser, faço uma grande volta”, comentou o membro do Challenge Tour, que partilha a mesma 11.ª posição do ‘leaderboard’ com Bessa.

Figueiredo, número 85 na ‘Corrida para Maiorca, vai partir para a derradeira ronda a dois ‘shots’ do ‘top 5’ e com os níveis de confiança em alta, na expectativa de tentar alcançar o seu melhor resultado esta temporada, após o 12.º lugar no Euram Bank Open, em julho, na Áustria.

“Acho que é sempre especial termos jogadores portugueses a lutar pelos lugares cimeiros, neste momento somos dois, eu e o Tomás, temos o Hugo a fazer também um bom torneio como amador. Portanto, estamos de parabéns e esperemos que amanhã [domingo] consigamos dar uma alegria aos portugueses”, rematou o profissional de Azeitão.

Já o amador Hugo Camelo Ferreira, a estrear-se num evento do Challenge Tour, cumpriu hoje o Par do campo e, com um agregado de 214 pancadas (69+73+72), duas abaixo, partilha a 39.ª posição da classificação.

“Hoje a volta não começou da melhor maneira. Por erro meu, só tive 15 minutos para aquecer. Estava à espera que o ‘draw’ saísse e, quando saiu, faltavam 10 minutos para começar, por isso fui a correr para o ‘driving range’. Não fiz dos melhores aquecimentos, não consegui fazer ‘putts’ nem ‘chips’, comecei com um ‘bogey’, mas consegui responder com um ‘birdie’ e depois o jogo foi fluindo”, confessou o amador do Clube de Golfe de Miramar.

À partida para a derradeira corrida ao título português, o inglês Todd Clements e o francês Jeong weon Ko partilham a liderança, com 204 pancadas, 12 abaixo, e a vantagem mínima sobre o também gaulês David Ravetto.

“Estou muito ansioso pelo que o último dia pode trazer. Tenho desfrutado da minha semana e espero acabar em alta”, confidenciou o britânico, vencedor este ano do Irish Challenge.