O espanhol Jon Rahm considerou hoje que o triunfo no US Open, que lhe permitiu ascender à liderança da hierarquia mundial, “foi uma conquista do querer e da positividade” e dedicou-a a Severiano Ballesteros.

“Depois do que sucedeu há pouco mais de duas semanas, consegui manter-me sempre positivo e a acreditar que coisas boas iam acontecer, não sabia o quê, mas senti que as estrelas estavam alinhadas”, afirmou Rahm, que há menos de um mês esteve infetado com o novo coronavírus e foi obrigado a abandonar o Memorial Tournament, no qual defendia o título.

No domingo, Rahm, que ocupava o terceiro lugar da hierarquia mundial e já tinha liderado o ‘ranking’ em 2020, venceu o US Open, com um total de 278 pancadas (seis abaixo do par), conquistando o primeiro ‘major’ da carreira, e tornando-se no primeiro espanhol a triunfar no torneio.

Após a vitória no percurso de Torrey Pines, na Califórnia, o mesmo onde em 2017 conseguiu o seu primeiro triunfo no PGA Tour, ao vencer o Framers Insurance Open, Rahm garantiu ser um “crente” e disse acreditar “no karma”, aproveitando para dedicar o título.

“Este, definitivamente, foi para o Seve [Ballesteros]. Sei que ele queria muito ganhar este torneio”, afirmou Rahm, lembrando o primeiro espanhol a liderar o golfe mundial, que faleceu em 2011.

Com os pais, a mulher e o filho a assistirem à prova, Rahm, de 26 anos, assumiu a liderança da hierarquia, destronando o norte-americano Dustin Johnson, que foi 19.º classificado no torneio.

O golfista basco já recebeu as felicitações do rei de Espanha, Felipe VI, que o elogiou pelo “imponente triunfo” e enalteceu o facto de ter dedicado o título a Ballesteros.

“Vencer o US Open, ser número um do golfe mundial e dedicar o triunfo a Seve Ballesteros mostra a grandeza de Jon Rahm. Muitas felicidades pelo triunfo, fruto do trabalho, da superação e da confiança para enfrentar as adversidades”, lê-se na mensagem publicada no Twitter da Casa Real espanhola.