A Federação Portuguesa de Golfe (FPG) divulgou hoje o plano para a retoma progressiva da prática da modalidade, que inclui na primeira fase a reabertura condicionada dos campos, em maio, e na segunda o regresso à competição, em julho.
“O golfe pode ser praticado cumprindo todas as regras de distanciamento social e a sua prática não acarreta riscos significativos, pois é jogado individualmente, não existe contacto físico entre praticantes e estes utilizam equipamento próprio”, refere o presidente da FPG, Miguel Franco de Sousa.
O plano de reabertura dos campos de golfe contempla duas fases, sendo que a primeira prevê apenas a reabertura condicionada das instalações, por forma a permitir a prática da modalidade, e o segundo retomar, gradualmente, a atividade competitiva.
A FPG refere que, desta forma, acautela-se um processo gradual da reatividade da modalidade, com a salvaguarda de que “o faseamento proposto poderá ser revisto em função da evolução epidemiológica da pandemia, por indicação das autoridades de saúde”.
“[O golfe] é uma modalidade que gostaria de ver mais apoiada e incentivada pelos poderes públicos, pois é uma modalidade que pode ser praticada por pessoas de todas as idades e, por ser praticado ao ar livre (num espaço que ronda os 35.000 m2), assegura o necessário distanciamento social”, refere.
O presidente da FPG considera que “a retoma da prática da modalidade, além dos inegáveis benefícios de saúde, quer a nível físico, como psíquico, para os seus praticantes, permitirá também dar uma injeção de vitalidade do setor”.
Ainda de acordo com Miguel Franco de Sousa, a paragem ao longo de mês e meio, devido à covid-19, acarretou “enormes prejuízos e o golfe demorará a retomar o dinamismo que o marcou ao longo dos últimos anos, sobretudo no que concerne ao turismo”.
“Precisamos que os praticantes voltem e que, com o cumprimento de todas as regras, mostrem ao mundo que o golfe em Portugal é seguro e que os turistas de golfe poderão voltar e usufruir dos nossos magníficos campos com toda a segurança”, defendeu.
Em maio, a FPG pretende retomar a prática em regime condicionado e em julho, ao longo de três etapas, prevê o regresso faseado à competição, a nível local, nacional e internacional, reabertura progressiva das instalações de apoio e retoma de treinos.
“Sei que será um processo longo e demorado, por isso quanto mais cedo, com as medidas adequadas, recomeçarmos a nossa atividade, mais rapidamente libertaremos o potencial do golfe para gerar emprego e contribuir para a retoma da nossa economia e do nosso setor do turismo”, sustentou o dirigente.
O plano para o regresso da prática do golfe, já enviado ao Governo e elaborado por um grupo de trabalho que incluiu a FPG e os agentes envolvidos, teve em consideração, e concilia, as necessidades dos praticantes, clubes e instalações.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 206 mil mortos e infetou quase três milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Perto de 810 mil doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 928 pessoas das 24.027 confirmadas como infetadas, e há 1.357 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
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