O árbitro de futsal Eduardo Coelho considera a presença no Europeu da Sérvia, de terça-feira a 13 de fevereiro, uma “meta atingida” e sobrepõem a vontade de ver Portugal na final ao desejo de dirigir o jogo decisivo.
“Claro que o meu foco, caso a seleção não esteja, é a final, mas nós somos todos portugueses, temos coração português, e gostaríamos que a nossa seleção chegasse o mais longe possível e conseguisse alcançar o título que procura há já algum tempo”, disse Eduardo Coelho, em declarações à agência Lusa.
Eduardo Coelho está no quadro de 16 árbitros presentes no Europeu e que conta com a seleção portuguesa no Grupo A, juntamente com a anfitriã Sérvia e a Eslovena. A presença de Portugal na final afasta o árbitro luso da decisão do título.
Nas nove edições já disputadas, o melhor que Portugal conseguiu foi ser finalista em 2010, perdendo para a Espanha por 4-2, na Hungria, além de dois quartos lugares, em 2007 e 2014.
“Este Europeu era uma meta que eu tinha traçado e que acabei por alcançar, com o trabalho desenvolvido e muito empenho ao longo da época”, considerou Eduardo Coelho, de 36 anos, empregado bancário e árbitro internacional desde 2008.
Ainda de acordo com o árbitro da Associação de Futebol de Aveiro a presença no Europeu é um fator positivo não só para a sua carreira como para a arbitragem portuguesa, que espera poder dignificar com as suas exibições.
“Nenhum árbitro é perfeito e nós sabemos que temos certas atuações menos positivas e outras bastante agradáveis. O objetivo principal do árbitro é chegar ao final do jogo de consciência tranquila, que fez o seu melhor, sem erros técnicos e que deixou toda a gente satisfeita”, disse.
O ‘juiz’ manifestou-se ainda favorável à adoção de tecnologia “se for para ajudar e para o bem do futsal”, como os meios eletrónicos na linha de baliza, embora considere que a realidade do pavilhão não é comparável com o de futebol de onze.
“Ao nível do posicionamento, nós, no futsal, com uma superfície de jogo mais curta, temos o controlo da bola que fica sempre entre os árbitros. Quando a bola vai em direção à baliza já lá está um dos árbitros”, rematou Eduardo Coelho.
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