Quando o rumor de que Daniel Freitas não iria alinhar na sexta etapa, devido a um novo caso suspeito de infeção com o novo coronavírus na Rádio Popular-Boavista, se propagou no pelotão, o galego, de 39 anos, foi perentório em afirmar que não queria levar a amarela.
Minutos depois, ‘Alex’, que era segundo na geral, a 42 segundos do ‘boavisteiro’, foi informado que ‘herdara’ a amarela de Freitas e que teria de a usar nos 182,4 quilómetros entre Viana de Castelo e Fafe.
“Esta camisola pertencia ao Daniel Freitas. Por termos regulamentares, temos de a levar, se não, por respeito, gostaria que hoje não houvesse camisola amarela, em homenagem a ele”, disse um desanimado Marque.
Ao sair do autocarro do Atum General-Tavira-Maria Nova Hotel, Marque trazia a amarela com a inscrição ‘Dani Freitas’ rabiscada no tecido.
“A minha pequena homenagem é levar o seu nome aqui, porque esta é dele. No fim da Volta, vou entregá-la a ele. É algo muito especial levar isto, ele está a perder um dia de que iria desfrutar ao andar pelas estradas da sua zona, perto da sua terra. Isto vai para a sua família”, declarou o galego.
Assim, o vencedor da Volta de 2013 é novamente líder da geral, com cinco segundos de vantagem sobre Amaro Antunes (W52-FC Porto) e 25 sobre Frederico Figueiredo (Efapel).
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