A ciclista neerlandesa Annemiek van Vleuten conseguiu hoje a 100.ª vitória da sua carreira, ao ganhar isolada a segunda etapa da Volta a Itália feminina de Ciclismo, depois de um forte ataque na última subida.

A líder da Movistar, de 40 anos e atual campeã do mundo, apresenta-se no Giro feminino como favorita, no ano em que já anunciou a sua retirada da modalidade, em que tem um palmarés invejável.

Van Vleuten é a primeira 'maglia rosa' deste Giro, depois do cancelamento do contrarrelógio da véspera, devido ao mau tempo. Um dia bastou para mostrar que quer repetir o sucesso do ano passado e vencer a volta transalpina pela quarta vez.

Os 102,1 km de percurso entre Bagno a Rripoli e Marradi tinham alguma montanha na parte final, o que foi bem aproveitado pela campeã mundial, que atacou determinada no Passo della Colla, montanha de segunda categoria, para assegurar a liderança da prova, com 45 segundos de avanço sobre o primeiro grupo perseguidor.

As italianas Marta Cavalli (FDJ-SUEZ) e Gaia Realini (Lidl-Trek) tentaram acompanhá-la, de início, mas sem sucesso e foram absorvidas pelo grupo perseguidor.

No sprint para o segundo lugar, a melhor foi a dinamarquesa Cecilie Uttrup Ludwig (FDJ-SUEZ), seguida pela francesa Juliette Labous (DSM-Firmenich).

Depois de contabilizadas as bonificações, Van Vleuten lidera com 49 segundos de avanço sobre Uttrup Ludwig e 51 sobre Labous.

"É a minha última época e o meu último Giro, pelo que é muito bom voltar a envergar a camisola rosa", assumiu a vencedora, já triunfadora da competição em 2018, 2019 e 2022.

A olímpica portuguesa Maria Martins (Fenix-Deceuninck), já medalhada em ciclismo de pista e que se estreou no Giro, foi 166.ª e penúltima, a 22.57 minutos de Van Vleuten.

Um pouco melhor esteve a outra lusa na competição, Beatriz Pereira (Bizkaia Durango), a campeã nacional de contrarrelógio do escalão sub-23 de apenas 19 anos, que chegou em 147.ª, a 13.45.