A edição de 2016 do Tour de Timor, composta por cinco etapas em bicicleta de montanha durante cinco dias, arrancou hoje em Díli com 120 participantes de 19 nações, segundo dados oficiais.
O evento desportivo, o mais internacional de todos os que decorrem anualmente em Timor-Leste, conta com 60 ciclistas timorenses e igual número de internacionais, sendo de destacar a presença da primeira timorense a competir em bicicleta de montanha nos Jogos Olímpicos, Anche Cabral.
Com um orçamento de 400 mil dólares, a prova levará os participantes a algumas das paisagens mais bonitas das zonas montanhosas do país, com a primeira etapa a ligar Díli e Manatuto, a leste da capital, com passagem por Remexio (Aileu) e Lacló, numa distância de 82,5 quilómetros.
Continuando para leste, a segunda etapa, de 92,5 quilómetros, liga Manatuto a Quelicai (Baucau) e a terceira liga esta localidade e Iliomar (Lautem) a sudeste, com passagem por Uatulari e Uatucarbau (Viqueque) e uma distância total de 83,5 quilómetros.
A quarta etapa é entre Iliomar e Com (104 quilómetros) e a quinta entre Lospalos e Baucau, numa distância total de 87 quilómetros.
Os vencedores dividem prémios no valor total de 58 mil dólares e a primeira e última etapas da prova estão registadas pela União Ciclista Internacional, permitindo aos vencedores acumular pontos para a sua classificação internacional.
"O objetivo do Tour de Timor é promover o desporto e o turismo timorenses junto da comunidade internacional", destacou Leovigildo Hornai, secretário de Estado da Juventude e Desporto.
Criado em 2009 pelo então Presidente da República José Ramos-Horta, o Tour de Timor contou na sua edição inaugural com mais de 300 participantes de 12 países.
Com grande parte das etapas passadas em zonas montanhosas do centro de Timor-Leste, a corrida pode ser particularmente dura devido às condições do piso, às muitas subidas e à temperatura elevada.
Os promotores recordam que são "cinco dias de passeios duros e aventureiros" em "paisagens naturalmente belas, passando por terrenos montanhosos e águas cristalinas".
O Governo explicou, em comunicado, que o percurso foi feito, em julho, por representantes da Polícia Nacional de Timor-Leste, da Secretaria de Estado da Juventude e Desporto, da Secretaria de Estado para a Política de Formação Profissional e Emprego e da instituição de saúde australiana National Critical Care and Trauma Response Centre, "para garantir que o trajeto está devidamente assinalado e que as comunidades locais foram informadas".
O Ministério do Turismo, Artes e Cultura foi também envolvido no planeamento, para assegurar instalações confortáveis para os participantes pernoitarem ao longo da prova.
Além do Tour de Timor, o calendário desportivo timorense das próximas semanas conta ainda com a Díli Maratona Internacional, que decorrerá a 08 de outubro com três níveis de competição: a maratona de 42 quilómetros, a meia maratona de 21 e uma 'fun-run' de sete quilómetros.
Para o ministro de Estado, Agio Pereira, os dois eventos "proporcionam oportunidades para estimular a economia nos distritos, incentivam o turismo, criam uma perceção internacional positiva e reforçam a paz, a harmonia e o orgulho nacional".
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