Giulio Ciccone (Lidl-Trek) subirá ao pódio final da Volta a França como vencedor da classificação da montanha, algo que provoca no ciclista italiano “sensações fortíssimas”, depois de hoje ter vivido o seu melhor momento nesta edição.

“Sinto sensações fortíssimas. Agradeço à minha equipa e aos meus colegas, porque fizeram um grande trabalho. Tínhamos um plano desde o início [da etapa] e cumprimo-lo. Quando ciclistas como o Mads Pedersen ou o Mattias Skjelmose decidem fazer algo, a única coisa que podes fazer é colar-te à roda deles”, enalteceu o virtual ‘rei da montanha’ da 110.ª ‘Grande Boucle’.

Ciccone nomeou os companheiros que mais o ajudaram na sua missão, consumada hoje depois de ter integrado a fuga do dia para ser o primeiro a coroar as quatro contagens de montanha iniciais da 20.ª etapa, erguendo mesmo os braços na última delas para festejar a conquista como se de um triunfo de etapa se tratasse.

“Esta camisola às bolas vermelhas é para todos os meus colegas. Não era o meu objetivo principal no início do Tour, porque o que procurava era uma vitória de etapa, mas, quando fiquei perto [da liderança da classificação], e o Mads conseguiu o triunfo para a equipa, alterámos o objetivo e fizemos outro Tour comigo”, revelou.

Vencedor da classificação da montanha no Giro2019, o corredor da Lidl-Trek, de 28 anos, é o primeiro italiano a subir ao pódio final da Volta a França para vestir a famosa camisola às bolinhas vermelhas desde Claudio Chiappucci, em 1992.

“A minha melhor recordação deste Tour será a etapa de hoje, especialmente o momento em que me disseram que se passasse em primeiro na contagem seguinte ganhava a montanha”, revelou.

Ciccone é também o sexto ciclista da história a ganhar esta classificação na ‘Grande Boucle’ e na Volta a Itália, ‘imitando’ Chris Froome, Chiappucci, Lucho Herrera, Robert Millar e Lucien van Impe.

O italiano, que ficou de fora do Giro deste ano por ter covid-19, sucede no palmarés do ‘rei da montanha’ do Tour ao dinamarquês Jonas Vingegaard (Jumbo-Visma), que este ano levará para casa ‘apenas’ a camisola amarela.

Vencedor de três etapas no Giro, Ciccone conquistou a classificação com 105 pontos, mais 13 do que o segundo classificado, o austríaco Felix Gall (AG2R Citroën), segundo na etapa de hoje, ganha pelo esloveno Tadej Pogacar (UAE Emirates).