O ciclista português Rafael Reis (Glassdrive-Q8-Anicolor) conquistou hoje o 43.º Grande Prémio Abimota, ao chegar integrado no pelotão na terceira e última etapa da prova, ganha pelo porto-riquenho Christopher Morales (Maglia Tecnosylva Bembibre).

Com a geral presa por poucos segundos e com a meta instalada no cimo de uma curta subida, propícia a cortes que somassem diferenças às bonificações, a equipa do campeão nacional de contrarrelógio abordou os 160,8 quilómetros entre o Velódromo Nacional, em Sangalhos, e Águeda com a disposição de permitir o sucesso de uma fuga, de modo a que os adversários mais diretos de Rafael Reis não conseguissem bonificar.

‘Autorizados’ pela Glassdrive-Q8-Anicolor, 17 fugitivos fugiram ao pelotão e, embora a fuga tenha perdido elementos ao longo da tirada, foram os ‘resistentes’ da escapada a discutir entre si a vitória na etapa, com Morales, de 21 anos, a levar a melhor sobre os portugueses Pedro Andrade (ABTF Betão-Feirense) e Bruno Silva (Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua), segundo e terceiro, respetivamente, com as mesmas 03:41.05 horas do vencedor.

O grupo dos favoritos chegou 10 segundos depois, com Reis a cortar a meta em oitavo, na roda do adversário mais direto, o compatriota Luís Gomes (Kelly-Simoldes-UDO), e a garantir, assim, o triunfo final do GP Abimota.

O ciclista de Palmela, de 30 anos, conquistou a primeira corrida por etapas desde que ganhou o Grande Prémio O Jogo em abril do ano passado, deixando Luís Gomes a 11 segundos, e José Sousa, também da equipa oliveirense, a 14.

“É muito bom vencer o 43.º Grande Prémio Abimota. Era um objetivo que a equipa me tinha proposto em setembro no ano passado, pelo que preparei a corrida com rigor. Acabei por vencer e estou bastante orgulhoso. Já havia perdido esta corrida em 2021, numa decisão por pontos, com o mesmo tempo do primeiro, mas, com dois ou três pontos de diferença”, recordou.

Reis, que vestiu a amarela logo na primeira etapa após vencer o ‘crono’, enalteceu o papel dos seus colegas, que “puxaram” muito por si.

“Isso dá-me uma motivação muito grande. A entrega dos meus colegas para comigo foi admirável, pelo que é legítimo dedicar a todos eles esta vitória. A chegada foi controlada, apesar de uma fuga com 17 elementos, mas que sabíamos que tínhamos dois ciclistas bem posicionados na geral. Deixámos a fuga chegar à meta para tirar bonificações e, depois, no fim, foi dar o melhor no sprint”, descreveu, citado pela organização.