A partida para a estrada da 107.ª Volta a França em bicicleta, no sábado, será feita "quase à porta fechada", anunciou na quinta-feira o autarca da zona de Alpes-Maritimes, devido à pandemia de covid-19.
Nas três primeiras etapas, na região de Nice, os espetadores que se espalharem pelo traçado terão de estar de máscara, sem nenhum veículo a poder aceder às zonas de subida, anunciou Bernard Gonzalez.
Segundo o autarca, a apresentação das equipas, marcada para hoje, terá um máximo de mil pessoas, reduzindo em 750 o número inicialmente acordado.
O primeiro-ministro Jean Castex disse hoje que 21 departamentos, incluindo os Alpes-Maritimes, estavam "em zona vermelha", devido a novos surtos de covid-19, colocando esta edição da ‘Grande Boucle' em alerta.
A prova, que já foi adiada dois meses devido à suspensão do calendário na primavera, terá agora "um sistema ainda mais restrito", uma vez que "a transição para a zona vermelha já era esperada", atirou o diretor da prova, Christian Prudhomme.
Ao longo do percurso, vários painéis negros vão anunciar aos adeptos que a prova "vai decorrer à porta fechada", tendo o autarca pedido ainda que os espetadores possam "ver as subidas da televisão", com apenas 50 convidados, distanciados, permitidos nas bancadas.
Esses convidados serão membros da autarquia que se voluntariaram ou ajudaram a erguer a partida, explicou Gonzalez, que garantiu ainda que a polícia "fará tudo para evitar aglomerados".
Outras etapas atravessam zonas vermelhas definidas pelo Governo francês, como a de 05 de setembro, a chegada a Lyon em 12 de setembro, e a partida no dia seguinte, além da chegada aos Campos Elísios, em Paris, no dia 20.
A menos de 48 horas, a equipa belga Lotto Soudal anunciou dois positivos, enviando para casa os dois infetados e os seus dois colegas de quarto, para evitar contaminar a comitiva que se prepara para enfrentar a corrida.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 826 mil mortos no mundo desde dezembro do ano passado, incluindo 30.576 em França.
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