Matteo Jorgenson prolongou hoje a sua extraordinária progressão no pelotão mundial, ao conquistar a clássica Através da Flandres, num dia agridoce para a Visma-Lease a Bike, que viu Wout van Aert abandonar maltratado devido a queda.
Aos 24 anos, Jorgenson deu a primeira vitória aos Estados Unidos em 78 edições desta clássica belga, ao lançar um demolidor ataque a sete quilómetros da meta, que cortou isolado no final dos 188,6 quilómetros entre Roeselare e Waregem, com o tempo de 04:07.44 horas.
O pódio da Através da Flandres ficou completo com o norueguês Jonas Abrahamsen (Uno-X) e o suíço Stefan Küng (Groupama-FDJ), respetivamente segundo e terceiro a 29 segundos do vencedor.
Discreto nos seus anos na Movistar, o norte-americano converteu-se num vencedor desde que passou a vestir as cores da Visma-Lease a Bike, demonstrando ser um verdadeiro polivalente, capaz de ganhar clássicas além de provas por etapas, como aconteceu há pouco mais de duas semanas, quando se impôs na geral do Paris-Nice, à frente do credenciado Remco Evenepoel (Soudal Quick-Step).
A vitória de Jorgenson foi um ‘bálsamo’ para a formação neerlandesa, que perdeu o seu líder Wout van Aert devido a uma desastrosa queda, cujas consequências ‘finais’ ainda não são conhecidas.
O momento mais importante da clássica flamenga aconteceu a 67 quilómetros da meta, quando uma violenta queda apanhou os grandes favoritos à vitória na jornada de hoje, nomeadamente Wout van Aert, o seu compatriota Jasper Stuyven, vice-campeão na E3, e o dinamarquês Mads Pedersen, ambos da Lidl-Trek, além do eritreu Biniam Girmay (Intermarché-Wanty).
Só Pedersen, vencedor da Gent-Wevelgem no domingo, conseguiu continuar, com ‘WVA’ visivelmente em mau estado: ficou com o equipamento completamente rasgado na zona das costas, coberta de abrasões, e teve mesmo de ser retirado em maca para ser transportado ao hospital, enquanto chorava desconsolado.
A queda de hoje coloca um sério ponto de interrogação na participação de Van Aert no domingo na Volta à Flandres, um dos seus grandes objetivos da época, a par da Paris-Roubaix (07 de abril), que podem ter ficado ambos irremediavelmente comprometidos.
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