O ciclista espanhol Gustavo Veloso, duas vezes vencedor da Volta a Portugal, assumiu que foi abordado pelo Sporting, assim como por outras equipas, mas revelou que a sua preferência recai na W52-FC Porto.
Questionado sobre uma eventual abordagem por parte dos responsáveis do Sporting, Gustavo Veloso confirmou que esta existiu, mas indicou que não foram apenas os ‘leões’ a contactá-lo.
“Houve mais equipas, tanto em Portugal, como fora. Até houve uma equipa profissional que me contactou, mas para fora não vou. Tenho uma idade em que ir fazer uma Vuelta, um Giro, um Tour numa equipa profissional é difícil. É bonito, mas já corri umas quantas. Agora, o final da minha carreira desportiva está cada vez mais próximo. Tenho família e tenho de pensar noutras coisas, nomeadamente na vertente económica”, elucidou.
O vencedor das edições de 2014 e 2015 da Volta a Portugal e segundo classificado em 2013 e 2016 explicou que, “para já”, a proposta do Sporting-Tavira não é tentadora, uma vez que houve apenas uma demonstração de interesse e conversas informais.
“Mas também há coisas que não me chegam a mim, são tratadas pelo meu empresário. Com a W52-FC Porto, fui eu que falei”, indicou, revelando que a equipa ‘azul e branca’ quer que continue.
A preferência do galego, de 36 anos, irá recair sobre a melhor oferta económica, embora haja vários fatores a pesar na balança.
“Para sair da W52-FC Porto, tem de ser uma proposta que realmente compense. Estou há quatro anos nesta equipa, sinto-me à vontade. Também não é a mesma coisa estar a 200 quilómetros de casa ou a 500. Há muitas coisas para avaliar. É claro que, em igualdade de condições, nunca mudaria de equipa”, esclareceu o corredor de Vilagarcía de Arousa.
Veloso garantiu ainda que o facto do seu colega Rui Vinhas ter vencido a última Volta a Portugal não mudou a sua visão quanto à permanência nos ‘dragões’.
“A minha equipa valoriza-me como se eu tivesse vencido a Volta. Quem está dentro do ciclismo, sabe que ter-me a mim na equipa dá segurança. Coincidentemente, nas últimas quatro Voltas, as duas que perdi foi para companheiros de equipa, o que para nós é sempre bom”, sublinhou.
O galego mostrou-se ainda disponível para trabalhar para o português na próxima época, lembrando que na última edição houve momentos em que trabalhou para o seu colega.
Ainda assim, Veloso defendeu que caso assinasse por qualquer outra formação nacional, seria para desempenhar o papel de líder.
“Com os dados na mão, qualquer equipa portuguesa para a qual fosse, seria como chefe de fila. Não quer dizer que não dividisse a liderança com outro ciclista, como também acontece aqui. As equipas têm sempre um plano A, que é a figura mais visível, e uma opção B, que pouca gente conhece”, concluiu o ciclista, que esteve em Lisboa para participar na Subida à Glória.
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