João Almeida (UAE Emirates) venceu hoje a 16.ª etapa da Volta a Itália e inscreveu o seu nome no quadro de honra português da ‘corsa rosa’, ao tornar-se no terceiro ciclista nacional a ganhar, num total de sete tiradas conquistadas.

O campeão nacional de fundo lidera a classificação da juventude e hoje subiu a segundo na geral, a 18 segundos do britânico Geraint Thomas (INEOS), que bateu num sprint a dois no topo de Monte Bondone.

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Antes, foi com uma exibição ofensiva que conseguiu distanciar os rivais, primeiro a solo e, depois, na companhia do campeão do Tour2018, com os dois a disputarem entre si uma das etapas mais determinantes desta 106.ª edição do Giro, aproveitando também para distanciar o outro grande candidato, o esloveno Primoz Roglic (Jumbo-Visma), terceiro na geral a 29 segundos.

Almeida sucede a Ruben Guerreiro, que tinha vencido a nona etapa numa edição de 2020 de boa memória para Portugal, uma vez que o ciclista de Pegões Velhos conquistou também a classificação da montanha.

Almeida, natural das Caldas da Rainha, também ‘brilhou’ nessa ‘corsa rosa’, andando 15 dias com a camisola rosa, e acabando no quarto lugar final, mas hoje escreveu nova ‘página dourada’ do ciclismo português.

Antes, só Acácio da Silva tinha conseguido vencer em terras transalpinas, com a segunda parte da oitava tirada de 1985, em Matera, e, depois, a 10.ª etapa dessa mesma edição, na chegada a Paola.

No ano seguinte, venceu a nona etapa, em Rieti, e a 21.ª, em Bolzano, e ‘fechou’ a conta pessoal no Monte Etna, em 1989.

A vitória de Almeida no Monte Bondone deixa um ‘bom presságio’ para o que resta da corrida, que termina no domingo, uma vez que o último ciclista a erguer os braços em Monte Bondone foi Ivan Basso, em 2006, e este mesmo trepador acabou por vencer a geral final.

João Almeida, que hoje chegou à 10.ª vitória como profissional, engrandece um palmarés que já inclui a vitória na geral da Volta a Polónia de 2021 – além de duas etapas -, ano em que também triunfou na Volta ao Luxemburgo, com um triunfo em etapa, e se sagrou campeão nacional de contrarrelógio.

No ano passado, ganhou uma etapa na Volta à Catalunha e outra na Volta a Burgos, além do título nacional de fundo.

Almeida tem numerosos outros resultados de monta, desde logo no Giro, em que já foi quarto e sexto na geral final, tendo ainda um quinto lugar na Volta a Espanha de 2022.

O triunfo de Almeida é também o quinto português no calendário internacional só em 2023, depois de vitórias de Iúri Leitão (Volta à Grécia), António Morgado (Volta a Rodes), Ruben Guerreiro (Volta à Arábia Saudita) e Rui Costa (Troféu Calvià e Volta à Comunidade Valenciana).

Almeida, de 24 anos, impôs-se a Thomas no final dos 203 quilómetros entre Sabbio Chiese e Monte Bondone, com os dois a cortarem a meta após 5:53.27 horas. O esloveno Primoz Roglic (Jumbo-Visma) foi o terceiro, a 25 segundos.

Nas contas da geral, o português, que já liderava a juventude, subiu a segundo, a 18 segundos do britânico da INEOS, que recuperou a camisola rosa, enquanto Roglic é terceiro, a 29.