O ciclista português João Almeida (UAE Emirates) disse hoje ter dado “tudo o que tinha” na 19.ª e antepenúltima etapa da Volta a Itália, em que cimentou o terceiro lugar, mas ficou mais longe dos primeiros.
“Dei tudo o que tinha. Não foi assim tão mau, estive lá em cima [com os rivais] quase até ao final, às últimas centenas de metros. Estou satisfeito, amanhã [sábado] ainda será um dia muito duro. Vou fazer o meu melhor”, declarou o português, terceiro na geral e líder da juventude.
A tirada, de 183 quilómetros e entre Longarone e Tre Cime di Lavaredo, foi ganha pelo colombiano Santiago Buitrago (Bahrain-Victorious), com 51 segundos de vantagem para o canadiano Derek Gee (Israel-Premier Tech), segundo, e 1.46 minutos para o dinamarquês Magnus Cort (EF Education-Easy Post), terceiro.
O esloveno Primoz Roglic (Jumbo-Visma) chegou em quarto, com o mesmo tempo de Cort, e ganhou três segundos ao britânico Geraint Thomas (INEOS), camisola rosa, mas segue a 26 segundos do líder, em segundo lugar, com João Almeida a entrar no sexto posto da tirada, a 2.09 minutos, ficando a 59 segundos de Thomas.
A subida final da sequência de ascensões nos Dolomitas “era tão empinada que era difícil atacar”, assegurou o corredor natural de A-dos-Francos, Caldas da Rainha, e para isso “era preciso ter pernas”.
“Sofri um pouco lá em cima”, admitiu.
Ainda assim, a ‘cronoescalada’ de sábado oferece esperança para o luso, que está a 59 segundos da ‘maglia rosa’ que vestiu durante 15 dias em 2020, quando acabou em quarto, e ‘virar’ essa vantagem “não é impossível”, ainda que seja improvável.
“Não é impossível, mas até acontecer... vou dar tudo o que tenho e vamos a ver. Estarei feliz de qualquer forma”, garantiu.
O chefe de fila da UAE Emirates, de 24 anos, garantiu desde sempre que o objetivo era ocupar os três primeiros lugares, o que parece inevitável a menos que aconteça alguma hecatombe, e juntou-lhe uma vitória em etapa, na terça-feira, e a também quase certa vitória na classificação da juventude.
No sábado, o terceiro contrarrelógio desta 106.ª edição é em formato ‘cronoescalada’, saindo de Tarvisio para 18,6 quilómetros até à meta em Monte Lussari, determinantes para a vitória final antes da ‘procissão’ até Roma, no domingo.
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