O colombiano Egan Bernal (INEOS) e o britânico Simon Yates (BikeExchange) são candidatos à vitória na Volta a Itália em bicicleta, que arranca no sábado, com uma incógnita na Deceuninck-QuickStep: o belga Remco Evenepoel na ‘sombra’ de João Almeida.
Sem o britânico Tao Geoghegan Hart (INEOS), vencedor da prova em 2020, é sobre as costas do colombiano que recaem as expectativas da poderosa formação britânica, que traz o melhor bloco das 23 equipas presentes.
O problema poderá estar, também, nas costas de Bernal - e na sua recuperação de uma lesão nessa zona, sofrida no ano passado -, que poderão baixar-lhe o rendimento, ainda que o dorsal número um da 104.ª edição da ‘corsa rosa’ tenha já uma Volta a França (2019) no palmarés, e apenas 24 anos.
Yates, por seu lado, quererá ‘vingar’ a passagem traumática pela prova de 2018, em que liderou até à 18.ª etapa antes de cair, numa época em que tem estado em bom plano, com a vitória recente na Volta aos Alpes.
Com o australiano Jai Hindley, segundo na edição transata e líder da DSM juntamente com o francês Romain Bardet, como outro nome forte, até por ser o único representante do pódio de 2020 presente, outra das grandes incógnitas para a ‘corsa rosa’ será a Deceuninck-QuickStep.
O quarto lugar final - e os 15 dias seguidos como comandante da geral - do português João Almeida no ano passado, então na estreia em ‘grandes Voltas’, garantiram-lhe a aposta da equipa, que tem reiterado que o jovem é o líder.
Por outro lado, o muito aguardado regresso à competição do prodígio belga Remco Evenepoel, após uma queda grave na Volta à Lombardia, poderá testar a dedicação da equipa ao ciclista luso.
Sem os habituais chefes de fila, o neozelandês George Bennett (Jumbo-Visma) terá uma rara oportunidade de liderar, numa aposta da equipa para a prova de 21 etapas e 3.479 quilómetros, muitos deles a subir, num ano exigente e ‘ensanduichado’ entre dois contrarrelógios, a abrir e a fechar.
Vincenzo Nibali, de 36 anos, venceu a prova em 2013 e 2016, já ganhou também a Volta a França e a Volta a Espanha, mas, este ano, vê a sua liderança da Trek-Segafredo envolta em incerteza, uma vez que recuperou só esta semana de uma lesão.
O espanhol Mikel Landa (Bahrain Victorious) tentará satisfazer a legião de ‘landistas’, os fãs do basco, com o compatriota Marc Soler a liderar pela primeira vez a Movistar a solo, com apoio, entre outros, do português Nelson Oliveira.
Ruben Guerreiro, que em 2020 venceu uma etapa e a classificação da montanha, partilha o protagonismo da Education First-Nippo com o britânico Hugh Carthy, e também o russo Alexander Vlasov (Astana) ou o irlandês Dan Martin (Israel Start-Up Nation) poderão ter uma palavra a dizer.
Fora da luta pela geral, o italiano Filippo Ganna (INEOS) aponta aos contrarrelógios de abertura e encerramento, mas não só, como provou em 2020, tendo este ano a ‘oposição’ do francês Rémi Cavagna (Deceuninck-QuickStep).
No ‘sprint’, o nome inevitável é o do eslovaco Peter Sagan (Bora-hansgrohe), com o antigo tricampeão mundial a tentar provar que está de volta ao melhor nível.
Terá a oposição do australiano Caleb Ewan (Lotto Soudal), mas também do belga Tim Merlier (Alpecin-Fenix), do colombiano Fernando Gaviria (UAE Emirates) ou do italiano Elia Viviani (Cofidis).
A 104.ª edição da Volta a Itália em bicicleta arranca no sábado com um contrarrelógio em Turim, terminando em 30 de maio com novo ‘crono’, desta feita em Milão.
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