O britânico Chris Froome (INEOS) disse hoje adeus à “história de amor” que viveu na antiga Sky, antes de sair para a Israel Start-Up Nation, após a conclusão da 75.ª edição da Volta a Espanha.

“É uma história de amor, que durou 11 anos”, disse um emocionado Froome após a chegada a Madrid do pelotão da 75.ª edição, ganha pelo esloveno Primoz Roglic (Jumbo-Visma).

A caminho da Israel Start-Up Nation, deixa para trás 11 anos na antiga Sky, hoje INEOS, na qual conseguiu todos os grandes resultados da carreira: quatro Voltas a França (2013, 2015, 2016 e 2017), duas Voltas a Espanha (2011 e 2017) e a Volta a Itália de 2018.

“Foi um dia emotivo, ao deixar a equipa ao fim de 11 anos. Escolheria a primeira vitória numa grande Volta” como momento mais emotivo, explicou o ciclista.

O troféu dessa Vuelta de 2011, de resto, foi-lhe entregue só hoje, uma vez que a condenação de Juan Cobo em 2019, por doping, retirou a vitória ao espanhol e ‘passou-a’ para o britânico, que tinha tido, nesse ano, a afirmação face ao então líder, o compatriota Bradley Wiggins.

“Tenho memórias muito especiais da Volta a Espanha, mas também da forma como me contaram que ganhei esse ano. Foi quando acordei no dia depois do meu grande acidente de 2019. Estava nos cuidados intensivos quando me disseram: ‘parabéns, acabaste de ganhar a Vuelta”, contou.

Esse acidente grave, de resto, afastou-o do seu melhor e, aos 35 anos, acaba esta temporada com pontos negativos no ‘ranking’ UCI: não somou qualquer ponto e, por não assinar o livro de prova da 17.ª etapa, perdeu 15 pontos como penalização.

Nesta 75.ª edição, veio para trabalhar para o equatoriano Richard Carapaz, que acabou em segundo na geral final, e disse que o chefe de fila “está feliz porque deu tudo”.

Na despedida, começou por perder tempo desde o arranque e mostrou-se feliz com um papel diferente do habitual, a trabalhar para os colegas de equipa, de liderar perseguições a fugas a ajudar a selecionar o pelotão.

Mais relaxado no último dia, ‘Froomey’ teve ainda tempo de assinar um dorsal de prova e dá-lo ao português Rui Oliveira, num momento registado pela equipa do luso, a UAE Emirates, pontuando a estreia em grandes Voltas do jovem ciclista.