A União Ciclista Internacional (UCI) atualizou hoje as regras sanitárias relativas à covid-19, deixando cair a que autorizava os organizadores das grandes Voltas a excluírem uma equipa que tivesse dois casos no espaço de sete dias.

“As alterações ao protocolo, que tinha sido atualizado pela última vez em 24 de janeiro de 2022, incidem, essencialmente, nas grandes Voltas, e respondem à necessidade de reforçar a vigilância médica do pelotão, pessoal das equipas e funcionários face à evolução da situação epidemiológica, caracterizada pelo recente aumento do número de casos de covid-19 reportados”, explica a federação internacional da modalidade, em comunicado.

Entre as medidas obrigatórias, a UCI destaca a apresentação de “pelo menos um teste antigénio negativo” por parte de todos os elementos de uma equipa dois dias antes do início da corrida e a realização de novo teste antigénio nos dias de descanso, incluindo por parte dos comissários, dos delegados e do pessoal antidoping.

“Na eventualidade de um caso de covid-19 numa equipa ser confirmado por um teste antigénio e, posteriormente, por um PCR (quer seja um corredor ou um membro do ‘staff’), a decisão de potencialmente isolar esse caso deve ser tomada coletivamente pelo médico da equipa em causa, o médico responsável pela covid-19 no evento e o diretor médico da UCI, com base nos elementos clínicos disponíveis”, acrescenta.

O organismo deixa ainda cair “a regra que autorizava a organização a retirar da corrida qualquer equipa que tivesse dois ou mais corredores com resultados positivos nos testes PCR no espaço de sete dias”.

Embora sem nunca referir diretamente a Volta a França, que arranca na sexta-feira, em Copenhaga, na Dinamarca, e termina em 24 de julho, em Paris, o comunicado da UCI, intitulado “protocolo sanitário covid-19 para as corridas: atualização para as grandes Voltas”, parece diretamente voltado para o Tour.

Nesta atualização das normas, a federação internacional passa também a “recomendar fortemente” que durante a corrida, “se possível diariamente, mas pelo menos a cada dois ou três dias”, sejam realizados testes antigénio aos membros das equipas, corredores excluídos, assim como a comissários e delegados.

“Considerando a evolução da situação sanitária internacional, e na véspera da Volta a França, tornou-se necessário reforçar as medidas em vigor para assegurar que os eventos velocipédicos no nosso calendário internacional possam decorrer com sucesso e para proteger os envolvidos nas corridas”, justificou o presidente da UCI, David Lappartient, apelando a uma maior vigilância e ao respeito “escrupuloso” dos protocolos sanitários.