A Associação de ciclistas profissionais (CPA) mostrou hoje o seu desacordo com a reforma proposta pela União Ciclista Internacional (UCI) e intimou esta federação a “iniciar o diálogo” com os corredores.
A organização que representa os ciclistas sublinhou, em comunicado, o seu desacordo com a reforma da modalidade adotada pela UCI e contrariou a ideia de que esta foi feita com o acordo de todas as partes envolvidas.
A CPA constata que os organizadores das corridas, especialmente a ASO, não estão em sintonia com a reforma aprovada pela UCI e sublinha que esta apresenta medidas “radicalmente diferentes” do projeto inicial.
O último modelo da reforma apresentado pela entidade que tutela o ciclismo mundial apresenta diferenças substanciais relativamente à primeira proposta, nomeadamente o aumento dos dias de competição das equipas de 120 para 180 e a permanência por várias temporadas das mesmas formações no WorldTour.
“A CPA considera indispensável que a UCI tenha em conta as propostas das diferentes partes e, sobretudo, que respeite a história deste desporto (…), e questiona o silêncio da UCI, especialmente em relação aos ciclistas. A associação pede expressamente à UCI para iniciar o diálogo com todas as partes que têm um desejo sincero de participar construtivamente na reforma do ciclismo, para dar ao nosso desporto o respeito que merece”, termina a nota.
A reação da entidade que representa os ciclistas surge no seguimento da tomada de posição da ASO, anunciada na sexta-feira, de retirar as suas provas, incluindo o Tour e a Vuelta, do calendário do WorldTour, a partir de 2017.
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