O ministério público russo pediu hoje uma pena de prisão de nove anos e meio para a basquetebolista norte-americana Brittney Griner, detida desde fevereiro na Rússia por alegado tráfico de drogas.
“A acusação considera que ficou provada a culpa de Brittney Griner”, afirmou o procurador Nikolai Vlasenko, pedindo também que a jogadora seja condenada ao pagamento de uma multa de um milhão de rublos (cerca de 16.000 euros).
Britney Griner, que incorre numa pena máxima de 10 anos de prisão, admitiu hoje no tribunal de Jimki, na região de Moscovo, ter “cometido um erro” e deixou um pedido: “Não acabem com a minha vida”.
“Cometi um erro de forma inocente, sem qualquer má intenção. Espero que esta sentença não acabe com a minha vida”, afirmou a basquetebolista.
A defesa da basquetebolista norte-americana, duas vezes campeã olímpica (Rio2016 e Tóquio2020) e uma das principais figuras da Liga norte-americana de basquetebol (WNBA), pediu a absolvição.
Griner, que representa alternadamente a equipa norte-americana Phoenix Mercury e a russa Ecaterimburgo, conforme o calendário dos campeonatos, foi detida em 17 de fevereiro, num aeroporto em Moscovo, após terem sido detetados óleos canabinoides, vaporizadores e outros produtos na sua bagagem, segundo as autoridades locais.
A prisão de Griner ocorreu numa altura em que se agravaram as relações entre Washington e Moscovo por causa da nova invasão da Ucrânia por parte da Rússia, em 24 de fevereiro.
Griner afirmou perante o tribunal que não sabe como os frascos com óleo de canábis surgiram na própria bagagem acrescentando, no entanto, que tem uma receita médica que lhe permite o uso de canábis para efeitos de saúde por causa de dores provocadas pelo exercício físico como atleta.
Durante o julgamento, a jogadora de basquetebol, de 31 anos, considerou-se culpada mas disse que não tinha qualquer intenção criminosa em fazer entrar o óleo de canábis na Rússia durante a temporada em que devia jogar na liga de basquetebol da Rússia.
A Administração norte-americana tem sido alvo de fortes pressões nos Estados Unidos para conseguir a libertação de Griner, assim como de outros cidadãos dos Estados Unidos que estão "erradamente detidos" na Rússia.
*Artigo atualizado às 16h00
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