O selecionador português de basquetebol, Mário Gomes, assumiu hoje esperança de contar com Neemias Queta para a pré-qualificação para o torneio olímpico, mas admitiu que “não há certeza” sobre a presença do poste em Gliwice, na Polónia, em agosto.
Neemias Queta, que sofreu uma lesão no pé direito num jogo dos Sacramento Kings, está ausente do estágio que Portugal realiza em Rio Maior, mas “não saiu” da convocatória, frisou hoje Mário Gomes.
“Há a expectativa de que possa vir, mas não há certeza. Se dependesse só dele, e desde que estivesse em condições físicas, ele quer tanto como nós estar cá”, afirmou o selecionador.
Mas a lesão e a incerteza sobre o futuro que envolve neste momento Neemias Queta, relativamente à equipa a representar na próxima época, deixam a participação do poste na pré-qualificação em suspenso.
“Tanto quanto sei, ainda não tem a situação contratual resolvida. E, eventualmente, esta questão da lesão pode ter atrasado um pouco esse processo. Não temos neste momento novidades”, assumiu Mário Gomes, no final de um treino aberto em Rio Maior.
Contudo, para o selecionador “há expectativa que venha”, porque é o que o poste “tem dito nos contactos praticamente diários”, mas “não depende só da vontade dele, mas também do clube pelo qual ele assine”.
Sem o primeiro português a jogar na NBA, Portugal prepara os próximos compromissos “com os que estão cá e, se ele vier, a equipa melhora de certeza”.
“Durante a maior parte dos compromissos competitivos, sabemos que não podemos contar com o Neemias. A forma como encaramos isto é: vamos com estes; quando ele puder vir, isto só pode melhorar”, reforçou.
Num balanço dos primeiros dois dias e meio de trabalho em Rio Maior, Mário Gomes mostrou-se muito satisfeito: “Aproveitámos o melhor possível”.
Sobre as possibilidades de Portugal na Polónia, o selecionador prometeu que a equipa nacional vai tentar superar-se.
“Para nós foi uma surpresa, uma boa surpresa. Conseguimos a qualificação e agora queremos aproveitar. Não vamos lá só para participar ou para usufruir de um prémio por nos termos qualificado”, disse.
Portugal vai tentar estar “a um nível superior” àquele a que esteve, porque só assim é que pode “aspirar a algo mais do que ganhar um jogo ou outro”.
“A forma como nos preparamos é o que podemos controlar agora. São 16 equipas divididas em dois grupos. No ranking, nós somos 16.º. Partimos em 16.º, não queremos sair de lá em 16.º. E, portanto, vamos ter de conseguir competir a um nível mais elevado do que até agora”, asseverou.
O responsável nacional criticou ainda a Federação Internacional de Basquetebol, por só permitir, “inexplicavelmente”, a inscrição de 12 jogadores na pré-qualificação para os Jogos Olímpicos.
“Não percebo. É uma competição que pode ir até cinco jogos em sete, oito dias, em início de época. Estão-se a criar condições para que algumas equipas acabem por jogar incompletas em alguns jogos. Não permitem mudar esses 12 jogadores e não faz sentido nenhum”, referiu.
Mário Gomes lamentou também estar na concentração em Rio Maior com alguns jogadores que “não têm a situação [contratual] deles resolvida”.
“Isso preocupa-me, porque isso pode vir a afetar esse aspeto da vida deles”, concluiu.
Após o estágio em Rio Maior, Portugal realiza jogos de preparação no Torneio Internacional Coração de Viana, diante da Costa do Marfim, República Checa e Jordânia, entre 27 e 29 de julho.
No dia 02 de agosto, a formação lusa parte para Amã, na Jordânia, onde disputará a King’s Cup com Jordânia, México e Angola, torneio que antecede a partida para a Polónia.
Em Gliwice, Portugal vai disputar o Grupo B de pré-qualificação do torneio olímpico, enfrentado a Bósnia-Herzegovina (13 de agosto), Hungria (14 de agosto) e Polónia (16 de agosto).
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