A França acabou hoje com uma invencibilidade dos Estados Unidos que durava desde as meias-finais da edição de 2006, ao bater os bicampeões em título por 89-79, nos quartos de final do 18.º Mundial de basquetebol.
Depois de já terem ‘tremido’ na primeira fase, face à Turquia, que só superaram no prolongamento, os norte-americanos, desfalcados na China de todas as suas grandes ‘estrelas’, caíram com estrondo, depois de 58 vitórias consecutivas.
Entre jogos a contar para Mundiais (24) e Jogos Olímpicos (34), os Estados Unidos não perdiam desde o desaire com a Grécia nas meias-finais da edição de 2006: depois disso, tinham conquistado invictos dois Mundiais e três ‘ouros’ olímpicos, mas, hoje, não puderam com Rudy Gobert, Evan Fournier ou Nando De Colo.
A série terminou na China, perante um conjunto de Vincent Collet muito mais coletivo e que, quando parecia ‘perdido’, soube reagir na parte final à recuperação dos Estados Unidos, que transformaram uma desvantagem de 10 pontos, no início do terceiro período, numa vantagem de sete, já no quarto.
Donovan Mitchell, que foi o melhor marcador do jogo, com 29 pontos, foi o principal obreiro da recuperação, ao marcar 14 no terceiro período, sendo o grande responsável pelo parcial de 29-12 que virou o jogo.
A perderem por 72-65 e, depois, por 74-67, a 7.39 minutos do fim, os gauleses não se deixaram, porém, ir abaixo, dominando por completo a parte final do jogo, perante uns Estados Unidos que ‘tremeram’, incluindo da linha de lance livre.
O ‘gigante’ Rudy Gobert, autor de 21 pontos e 16 ressaltos, foi um ‘pesadelo’ para os norte-americanos junto ao cesto, e Evan Fournier, com 22 pontos, esteve muito bem no exterior, enquanto Nando De Colo, que marcou 18, foi decisivo na parte final.
Frank Ntilikina foi também determinante no sucesso dos gauleses, com 11 pontos, incluindo um ‘triplo’ que empatou o jogo a 76, a 4.34 minutos do fim e lançou os franceses para um final em ‘grande’ – fecharam com um parcial de 22-5.
No conjunto dos Estados Unidos, Mitchell não teve companhia à altura, em mais um encontro que servirá de lição: serão os melhores, provavelmente, mas só apresentando os seus melhores jogadores.
Face a este desaire, os norte-americanos vão agora disputar um lugar entre o quinto e o oitavo, enquanto a França segue para as ‘meias’, nas quais defronta a Argentina. A outra oporá a Espanha ao vencedor do Austrália-República Checa.
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