A diplomacia russa criticou hoje o “ruído mediático” criado nos Estados Unidos em torno da basquetebolista Brittney Griner, detida à chegada a Moscovo, em fevereiro, por alegado tráfico de drogas.
De acordo com o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Riabkov, o “exagero público” não ajuda nas conversações entre Moscovo e Washington, para a negociação de uma eventual troca de prisioneiros entre os dois países.
“Há muito tempo estabelecemos mecanismos de negociação para essas questões. Entendemos as tentativas do lado norte-americano de acirrar essa situação, de fazer barulho no espaço público, mas não ajudam na solução prática dessa questão”, disse.
Sergei Riabkov lembrou que o julgamento de Brittney Griner ainda não foi concluído e enquanto não houver veredicto de um tribunal “não há base formal” para falar sobre os próximos passos.
O diplomata ressaltou que o que realmente vai ajudar Griner não são as comunicações do presidente dos EUA, Joe Biden, com seus parentes, "mas a atenção séria por parte dos Estados Unidos dos sinais que recebem dos canais especializados da Rússia”.
De acordo com a Casa Branca, Joe Biden e a vice-presidente Kamala Harris falaram por telefone com a mulher de Griner, Cherelle, para garantir que estão a trabalhar para libertar a basquetebolista o mais rápido possível, assim como outros americanos presos “injustamente” na Rússia.
Brittney Griner, de 31 anos, bicampeã mundial e olímpica pelo seu país, foi presa em fevereiro no aeroporto Sheremétevo, em Moscovo, depois de funcionários da alfândega terem encontraram óleo de canábis entre os seus pertences.
Posteriormente, a jogadora de basquetebol, que afirma ser inocente, foi presa por tráfico de drogas e está em prisão preventiva desde então.
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