O selecionador português de basquetebol, Mário Gomes, disse hoje esperar que Portugal esteja “próximo do seu melhor nível” na quinta-feira, para ganhar à Bulgária, em Coimbra, em embate da segunda ronda da pré-qualificação para o Europeu de 2025.
“O que espero é ganhar”, frisou à agência Lusa o técnico nacional, consciente, porém, que Portugal vai enfrentar a “equipa mais forte do grupo, a confiar no ranking, que é o único dado objetivo” e que em setembro disputou a fase final do Euro2022.
Mário Gomes lembra que, face a essa presença, os búlgaros “estiveram dois meses juntos no verão, a disputar uma prova de altíssimo nível, o que é uma vantagem assinalável”, mais ainda em contraste com a “preparação curta” da seleção das ‘quinas’.
“Fomos a única seleção da Europa que não treinou na primeira quinzena de agosto”, relembrou o selecionador, acrescentando: “Isto é um alerta à navegação, pois todas as equipas precisam de treinar para melhorar”.
Apesar deste handicap, que, garante, nem ele, nem os jogadores se estão a preparar para o “apresentar como desculpa”, Mário Gomes acredita muito na sua equipa.
“Se conseguirmos estar próximos do nosso melhor nível, podemos ganhar. Sabemos que será muito difícil e também que não podemos dar ‘borlas’, cometer erros que a este nível podem ser fatais. Espero que sejamos competitivos”, frisou.
Depois de dois triunfos na Roménia (75-59) e na receção ao Chipre (102-69), em agosto, Portugal partilha a liderança do agrupamento com os búlgaros, que também bateram os mesmos dois adversários, mas agora vai a jogo sem o ‘gigante’ Neemias Queta.
O poste dos Sacramento Kings, que somou ‘duplos duplos’ (20 pontos e 10 ressaltos na Roménia e 17 pontos e 13 ressaltos na receção aos cipriotas) nos dois primeiros jogos, não está presente, pois a NBA está agora em andamento.
“Já sabíamos que isso ia acontecer. Não estando o Neemias, não temos outro jogador com as mesmas características, pelo que temos de conseguir resolver o problema em equipa, nomeadamente do ponto de vista defensivo”, explicou à Lusa.
Mário Gomes lembrou, porém, que Portugal já conseguiu jogar “taco a taco” com várias equipas mais fortes sem Neemias, dando o exemplo do recente embate na Hungria, na qualificação para o Mundial de 2023, em julho.
“Perdemos por um ponto na Hungria, que é uma seleção superior à Bulgária”, recordou, acrescentando: “Acredito na capacidade dos jogadores, na química da equipa. Temos de conseguir equilibrar o jogo, para no fim decidir o aspeto mental”.
A finalizar, Mário Gomes expressou o desejo de ter Coimbra em massa a apoiar a seleção das ‘quinas’.
“Desejamos sempre ter apoio, por isso temos as portas abertas. Acredito que possa acontecer uma enchente, apelo a que isso possa acontecer, pois em Coimbra, e na região, há muita gente que gosta de basquetebol”, afirmou.
O selecionador deixa uma garantia: “Quem se deslocar ao pavilhão, não vai dar o seu tempo como perdido. Às vezes, não jogamos tão bem como gostaríamos, mas damos sempre o máximo”.
“Ter uma força extra é muito importante, para que os jogadores sintam esse apoio. Espero que se repita o que aconteceu em Odivelas”, finalizou Mário Gomes, recordando a enchente no embate face aos cipriotas.
O encontro entre Portugal e a Bulgária, da terceira jornada do Grupo F da segunda ronda de pré-qualificação para o Europeu de basquetebol de 2025, realiza-se na quinta-feira, pelas 19:00, no Pavilhão Multidesportivo Dr. Mário Mexia, em Coimbra.
Depois do embate com os búlgaros, a formação das ‘quinas’ recebe, no mesmo local, no domingo, pelas 17:00, a Roménia, num grupo que só fecha as contas em fevereiro de 2003, com as deslocações a Chipre e Bulgária.
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