A Federação Cabo-verdiana de Basquetebol (FCB) está a aproveitar a paragem das provas, motivada pela pandemia da COVID-19, para melhorar outras frentes como a formação de treinadores e clínicas para árbitros, através de um programa online.
O selecionador Emanuel Trovoada revelou à Inforpress que apesar da suspensão das provas nacionais e internacionais, o basquetebol cabo-verdiano “está em atividade”, porquanto o próprio está inserido num programa de formação de treinadores através do Valência Basket, para além de algumas clínicas para árbitro junto da Real Federação Espanhola.
Trovoada afiançou que se pretende com estas formações melhorar as qualidades, com o argumento que sem um bom treinador e um bom árbitro não se pode ter bons jogadores e uma melhor competição.
“Estamos a aproveitar estas formações online que têm estado a nos servir a partir de fora, Espanha. Já estamos na quinta jornada no Valência Basket e também fazendo algum refrescamento aos árbitros com formações que nós enviamos para as associações e daí aos respectivos árbitros de cada região desportiva”, realçou.
Avançou, por outro lado, que iniciativas próprias dos atletas resultaram na criação de um grupo de trabalho de duas seleções a partir dos internacionais como Joel Almeida, Ivan, Edy Walter Tavares, Michel, todos no estrangeiro que se juntaram a Fidel Mendonça de entre outros atletas residentes e na diáspora, que apostam num programa de trabalho físico dos seus clubes, ainda que a distância.
“Todos os dias trabalham uma hora e meia, em suas casas, como uma forma de se sentirem mais próximos uns com os outros, partilhando também experiências novas para que logo que se possa ser reatada as provas, suspensas por causa do novo coronavírus, possam estar em condições, caso haja autorização para o retomar das competições”, referiu o timoneiro nacional.
Recorda que os atletas internacionais estão todos sem competição desde que países como Espanha, Itália, Portugal, de entre outras ligas estrangeiras, inclusive a Federação Cabo-verdiana de Basquetebol suspenderam todas as provas, como método de prevenção ao novo coronavírus da COVID-19, pelo que entende ser determinante esta iniciativa dos atletas.
Trovoada considera que face a incógnita quanto a cura para esta solução motivada pela COVID-19, torna-se indispensável que a federação estimule os treinadores, atletas, árbitros e toda a comunidade desportiva a seguir as recomendações das estruturas sanitárias e governamentais a manterem-se em casa e redobrarem cuidados externos.
Também responsável pelas estruturas de formação no País, Emanuel Trovoada considerou muito determinante as medidas decretadas com o cancelamento das provas, quanto mais não seja o “basket” um desporto colectivo que exige muito contacto físico, o que poderia ser próprio para contágio.
Referiu, por outro lado, que apesar de existirem ilhas sem quaisquer casos confirmados, há que ter todo o cuidado para que as provas sejam retomadas só a partir das orientações superiores, isto é, do Governo e consequentemente da Federação, da FIBA África e da própria FIBA Mundo.
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