A basquetebolista norte-americana Brittney Griner disse hoje em Moscovo, onde está a ser julgada em tribunal, que levou canábis medicinal para a Rússia por erro e que nunca teve intenção de contrabandear droga.
"Não tive a ideia nem a previsão de estar a introduzir substâncias interditas na Rússia", disse Griner no tribunal de Khimki, Moscovo, onde está a ser julgada desde o início de julho.
Grinner, de 31 anos e 2,06 metros de altura, é considerada uma das melhores jogadoras do mundo e alinha pelo Ekaterinburgo, no período de inter-época da liga norte-americana.
Está a ser julgada na sequência da detenção, em fevereiro, no aeroporto de Moscovo, por estar na posse de cigarros eletrónicos à base de canábis, alegadamente prescritos por médico. Pela lei russa, arrisca-se a 10 anos de prisão.
O processo surge no momento de fortes tensões entre Moscovo e Washington, centradas no conflito militar na Ucrânia. Segundo analistas, a Rússia poderá estar a usar este caso para uma futura troca de prisioneiros com os Estados Unidos.
A jogadora, que é bicampeã olímpica, disse no tribunal que utiliza o canábis medicinal de forma legal nos Estados Unidos, com prescrição, durante os dias de folga, para aliviar as múltiplas dores físicas ligadas à prática intensiva de basquetebol.
Reiterou que não fez de propósito para levar o canábis com ela, de regresso à Rússia.
"Continuo sem perceber como apareceu no meu saco. Não tinha intenção de infringir a lei russa [...] e se tiver de avançar uma explicação para a forma como foi parar ao meu saco, diria que foi por estar apressada a arrumar as minhas coisas", disse Grinner.
Brittney Grinner disse ainda não ter seguido as recomendações das autoridades norte-americanas, de não viajar para a Rússia neste período, porque "não queria deixar cair" a sua equipa naquele país.
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