O selecionador cabo-verdiano de basquetebol mostrou-se “extremamente satisfeito” com a vitória do combinado crioulo frente a Argélia no segundo jogo de qualificação no solo argelino, apesar da eliminação e insta as autoridades a investir na criação de condições.

Em entrevista exclusiva à Inforpress, a partir da Argélia, Emanuel “Mané” Trovoada disse que a vitória de Cabo Verde sobre Argélia por 99-90 no segundo jogo dos preliminares de acesso para o Afrobasket’2021, comprovou-se pela luta demonstrada que “Cabo Verde tem uma grande selecção”.

“Já imaginou se esta selecção tivesse trabalhado, pelo menos, uma semana junta? Nós não conseguimos fizer nem um treino conjunto. Este resultado também serve para as nossas autoridades perceberem que temos talento. Argélia é uma grande selecção, mas hoje (quinta-feira) merecíamos passar a fase de grupos”, sentenciou Trovoada.

O selecionador justificou a reviravolta, em menos de 24 horas, já que Cabo Verde vinha de uma derrota com a mesma selecção da Argélia por 79-67, pelo facto de neste segundo jogo, os jogadores repousarem depois de duas/três noites a viajar, com o agravante de selecção ter chegado a Argélia praticamente na véspera do jogo.

Mané condenou contrariedades encontradas na Argélia, provocadas pela Federação local como a troca de bolas de jogo, impossibilidade de se treinar no campo principal, quando a lei da FIBA exige acesso ao campo e a bola do jogo, tendo clarificado que o facto da selecção conseguir definir a sua estratégia permitiu a equipa melhorar a sua capacidade defensiva e parar os pontos fortes da Argélia”.

“Já imaginou se tivéssemos o Kevom ou Edy Walter?”, indagou Trovoada, acrescentando que a nova geração, base desta selecção “está de parabéns e merece apoio” convicto que a selecção renovada está dotada de atletas com um potencial enorme.

Neste particular, alertou as grandes empresas e as autoridades desportivas no sentido de criar condições para a Federação Cabo-verdiana de Basquetebol possa juntar mais vezes durante o ano este grupo de trabalho, de forma a ter oportunidade para participar em mais competição.

O timoneiro nacional fez questão de enaltecer o “sacrifício e esforço” feito pelo presidente da federação nacional da modalidade, “Mário Correia, no sentido de criar as condições para que o país estivesse representado nestas eliminatórias, alegando que o “sonho esteve muito perto”.

Sem se falar da arbitragem, Trovoada lamentou, entretanto, a falta de esclarecimento da equipa nacional na parte final do jogo, mas disse ter estado orgulhoso perante este potencial enorme, formado por jogadores dos 19/21 anos que representam pela primeira vez a selecção em situação adversas.

“Há que apoiar esforços feitos e que, de uma vez para sempre, os nossos dirigentes apercebem, que Roma e Pavia não foi construída em um dia, mas sim com tempo e espaço. Dêem-nos este tempo e espaço e condições para que possamos treinar juntos e vão ver o que Cabo Verde poderá fazer. Toda a gente em Argélia reconheceu o nosso mérito”, realçou Mané.

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