A World Athletics anunciou hoje uma escolha de seis atletas do ano, em vez dos habituais dois, 'desdobrando' a distinção por corrida em pista, concursos, e provas em estrada, masculinos e femininos.
A adaptação, feita quando já tinham sido abertas as votações finais, no mês passado, marca uma 'revolução' no que tem sido o padrão dos principais prémios do organismo mundial do atletismo, que ainda não esclarece se a ideia é manter este novo modelo, ou se foi uma exceção.
"A profundidade do talento e as destacadas prestações justificam amplamente a ampliação dos prémios, para reconhecer os feitos destes atletas numa gama ampla de disciplinas", explicou o presidente da World Athletics, Sebastien Coe.
Na justificação dada, foi referido que muitos votantes destacaram a extrema dificuldade da escolha, face à quantidade de recordes do mundo - sete, no grupo eleito - e à qualidade global das marcas.
Dos vencedores de anos anteriores, o saltador com vara sueco Armand Duplantis e a triplista venezuelana Yulimar Rojas voltam a ser eleitos, mas agora somente para 'atletas de concursos' do ano. Os outros quatro são estreantes.
Nas corridas em pistas, foram considerados os melhores de 2023 o velocista norte-americano Noah Lyles e a fundista queniana Faith Kipyegon. Na estrada, foi 'evidente' a escolha dos novos recordistas mundiais, ou seja Kelvin Kiptum, do Quénia, e Tigist Assefa, da Etiópia.
Duplantis, nascido nos Estados Unidos mas que compete pela Suécia, é já uma escolha recorrente,'repetindo' o prémio de 2020 e 2022, depois de antes ter sido escolha de 'estrela em ascensão', também.
O ano foi, mais uma vez, recheado de conquistas, entre as quais o título mundial e novo recorde do mundo do salto com vara.
Yulimar Rojas, também recordista mundial e campeã em Budapeste2023, já ganhara em 2020 e três anos antes foi a jovem atleta em ascensão.
Os recordes do mundo de 1.500 metros, milha e 5.000 metros, a par dos 'ouros' no Mundial em 1.500 e 5.000 metros, pesaram decisivamente para a escolha de Faith Kipyegon, a grande favorita caso houvesse um só prémio.
Quanto a Tigist Assefa, o seu feito foi o triunfo na Maratona de Berlim, com recorde mundial, 2:11.53 horas.
Lógica idêntica imperou para a escolha de Kelvin Kiptum, que na Maratona de Chicago esteve muito próximo de ser o primeiro a correr em menos de duas horas - chegou à meta em 2:00.35.
O grupo de seis galardoados ainda teve espaço para um velocista, o norte-americano Noah Niles, considerado o melhor do ano em corridas de pista em 100 e 200 metros.
As 'estrelas emergentes' do ano foram os quenianos de 19 anos Emmanuel Wanyonyi, vice-campeão mundial de 800 metros, e Faith Cherotich, bronze nos 3.000 metros obstáculos.
Também foi conhecido hoje o prémio de 'melhor federação nacional', com a Austrália a suplantar Estados Unidos, Espanha, Chile, Botsuana e Tailândia.
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