Vitória Oliveira foi hoje a portuguesa mais bem classificada nos 20 quilómetros marcha dos Campeonatos da Europa de atletismo Roma2024, com o 17.º lugar, à frente de Carolina Costa, 23.ª, e Inês Mendes, 25.ª.
Antonella Palmisano sagrou-se campeã, ao concluir a prova em 1:28.09 horas, à frente da sua compatriota Valentina Trapletti, que, com o segundo posto, colocou a Itália nos dois primeiros lugares do pódio, na primeira final dos ‘seus’ Europeus.
A ucraniana Lyudmila Olyanovska surpreendeu a espanhola Laura García-Caro já na pista do Estádio Olímpico de Roma, para arrebatar a medalha de bronze, a 31 segundos da vencedora.
Vitória Oliveira gastou mais 5.31 minutos do que Palmisano, concluindo a distância em 1:33.39.
“O meu objetivo era tentar conjugar uma marca razoável, atendendo às condições que enfrentámos hoje, e uma boa posição. O 17.º não é a posição que ambicionava. Numa primeira parte, quando ia mais contida, gostava de um 16.º, mas acho que podia ter conseguido um top 10. Saí contidamente, tentei poupar-me ao máximo, porque o calor ia desgastar mais depressa e sabia que as minhas adversárias também se iam desgastar. Não mudava nada daquilo que fiz”, afirmou a marchadora do Benfica.
A atleta natural de Loures, de 31 anos, concluiu a distância com o mesmo tempo da grega Antigoni Drisbioti, campeã da Europa nos 20 e 35 quilómetros em Munique2022.
“Acredito que sou capaz de mais e melhor. Apesar de plano, o percurso é difícil, ao sol, a zona da praça das medalhas, com o piso em mármore, é mau e exige um bocado mais esforço dos pés e das pernas. Tudo isto tornou a prova mais sofrida, apesar de me ter tentado poupar ao máximo na fase inicial para conseguir uma boa posição. O trabalho continua, porque o principal objetivo da época são os Jogos Olímpicos e eu estou dentro do ranking”, sublinhou Vitória Oliveira.
Carolina Costa foi a segunda portuguesa, no 23.º lugar, a 8.53 minutos da vencedora, com o tempo de 1:37.01.
“O objetivo era fazer perto do recorde pessoal. Sabia que as condições climatéricas não eram as mais favoráveis para isso. Tive de fazer uma gestão da prova na primeira parte, para, depois, conseguir impor um ritmo mais forte, mas foi complicado”, reconheceu a marchadora do Sporting, de 26 anos.
Dois lugares abaixo da olhanense Carolina Costa terminou Inês Mendes, em 1:37.23, a 9.15 minutos.
“Não queria ficar muito atrás e sozinha, mas, se fosse agora, tinha dado ainda mais tempo para tentar atacar. Acho que acabei por fazê-lo cedo. Só a partir dos 15 quilómetros senti que o meu corpo estava a responder e senti também um ‘boost’ quando as minhas adversárias começaram a quebrar”, explicou a marchadora do Benfica, de 21 anos.
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