O queniano Kenneth Kiprop Renju mostrou-se hoje “feliz” por vencer a 31.ª edição da meia maratona de Lisboa, concluída em 1:00.13 horas, ainda que lamentando não ter registado o tempo que gostaria.
Apesar da vitória, Kiprop Renju falhou o objetivo de bater o recorde mundial do ugandês Jacob Kiplimo (57.32 minutos), desde novembro e alcançado na edição anterior da meia maratona de Lisboa,
"Estou feliz por esta corrida, foi uma conquista para mim poder vencer esta prova”, declarou, satisfeito, o atleta africano, em conferência de imprensa.
Renju acrescentou ainda o desejo de regressar a Lisboa na próxima edição para melhorar a sua prestação.
"Não consegui ter a velocidade que queria no final. As condições foram de muito calor e tornaram-me mais lento", lamentou o queniano.
O pódio masculino foi completo pelo etíope Huseyidin Esa e o queniano Elvis Kipchoge Cheboi, segundo e terceiro classificados respetivamente, que cortaram a linha de meta em 1:01.00 e 1:01.03 horas.
No setor feminino, a etíope Tsehay Beyan, vencedora da prova feminina com o tempo de 1:06.44 horas, repetindo o triunfo que havia alcançado em 2021, bateu a concorrência da queniana Brigid Jepchirchir Kosgei (1:06.46) e a etíope Gotytom Gebreslase Teklezgi (1:07.11), segunda e terceira respetivamente, perto do recorde da prova que havia sido estabelecido pela própria em 2021.
Com expressão tímida, a agora duas vezes campeã em Lisboa mostrou-se satisfeita por ter revalidado a conquista do ano passado.
"Obrigado mais uma vez por me terem convidado a correr novamente em Lisboa. Estou muito feliz, é a segunda vez que ganho, é muito bom. Vim aqui para ganhar e estou muito feliz", declarou a etíope, que assegurou pretender regressar para a terceira vitória consecutiva na meia maratona lisboeta.
Presentes estiveram igualmente o presidente do Maratona Clube de Portugal, organizadora da prova, Carlos Móia, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, e o vereador para o Desporto da Câmara Municipal de Almada, Filipe Pacheco.
“Faltaram muitos estrangeiros, o que deve ter que ver com as circunstâncias. Tínhamos inscritos 8.500 estrangeiros e não vieram, veio cerca de metade", lamentou Carlos Móia, no único ponto menos positivo da prova que se revelou um sucesso a nível organizativo.
Carlos Moedas considerou ter presenciado “um dia muito importante para Lisboa e a Área Metropolitana de Lisboa”, numa prova que começou em Almada.
"Temos aqui representantes de Oeiras e outros municípios e é um grande dia para Lisboa, de voltar ao que Lisboa sempre foi", enalteceu o autarca lisboeta, parabenizando toda a organização e os atletas presentes na prova.
Em representação da autarquia de Almada, Filipe Pacheco salientou a relevância da meia maratona de Lisboa para ambos os concelhos e a área envolvente.
“Para a Câmara Municipal de Almada é sempre uma grande satisfação fazer parte desta prova. Como o presidente Carlos Moedas dizia, é sempre um evento que valoriza toda a Área Metropolitana de Lisboa”, afirmou o vereador municipal de Almada.
Entre os atletas portugueses, Solange Jesus classificou-se como a melhor portuguesa em prova, obtendo a 14.ª posição, em 01:14.53 horas, enquanto Rui Pinto foi o melhor entre os atletas lusos masculinos, terminando no oitavo lugar, em 01:04.59. Também Fábio Oliveira, que cumpriu a prova em 1:05.44 horas, terminou no top-10 da prova, em nono, com o mesmo tempo do queniano Salomon Boit, e outro português, Luís Saraiva, que obteve o 11.º posto.
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