O Supremo Tribunal espanhol recusou hoje o recurso do antigo selecionador espanhol de atletismo Miguel Ángel Millán, confirmando a sentença de 15 anos e seis meses por abusar sexualmente de dois menores que treinava.

Os factos, ocorridos em Tenerife, primeiro entre 2010 e 2011, num caso, e depois em 2015, no outro, levaram a uma condenação em fevereiro de 2019, por um tribunal das Canárias.

Dois recursos posteriores foram também recusados, confirmando também a sua irradiação do desporto, uma indemnização às vítimas e a participação numa formação de orientação sexual.

Millán está preso desde janeiro de 2017, depois de uma carreira ensombrada pelos abusos sexuais por que agora foi condenado, após orientar nomes como Antonio Peñalver, medalha de prata no decatlo nos Jogos de Barcelona1992, uma das testemunhas contra o antigo técnico.

Os dois jovens, que teriam entre 13 e 14 anos na altura dos crimes, denunciaram os casos no início de 2017, explicando que foram convencidos por falsas promessas e manipulação psicológica.