Aposta ganha nos 200 metros dos Mundiais de Budapeste para os campeões em título, com Noah Lyles e Shericka Jackson a repetirem hoje o ouro que já tinham alcançado há um ano, em Eugene.
O norte-americano dobra também, nestes campeonatos, o título de velocidade, mas a jamaicana, que no hectómetro foi surpreendida pela emergente Sha'Carri Richardson, consegue uma vitória ainda mais impressiva, melhorando o seu recorde da Jamaica, segunda marca de sempre e já a escassos sete centésimos do recorde do Mundo.
A venezuelana Yulimar Rojas triunfou no triplo salto, como era ‘inevitável’, mas com inesperada dificuldade, sendo primeira de um concurso de enorme qualidade, enquanto no lançamento do dardo o primeiro lugar também foi para a favorita, a japonesa Haruka Kitaguchi.
Em grande dificuldade desde o início do decatlo, por inflamação no tendão de Aquiles, o francês Kevin Mayer, atual campeão mundial, abandonou quando seguia em 16º lugar. A meio do decatlo, a prova é liderada pelo alemão Leo Neugebauer.
Nunca, como agora, o lendário recorde de Florence Griffith-Joyner nos 200 metros foi tão ameaçado. Perdura desde 1988, 'treme' mas não cai.
Shericka Jackson, uma antiga quatrocentista, ganha em 21,41 segundos, com um vento de 0,1 m/s, a dar a entender que pode ainda fazer melhor.
No já habitual 'duelo' entre as caribenhas e as norte-americanas, a prata e o bronze foram para Gabby Thomas (21,81) e Sha'Carri Richardson (21,92), ambas dos Estados Unidos.
Jackson, que falhou o ouro no hectómetro, começa a ser uma enorme 'colecionadora' de medalhas - chega a dez, repartidas por 100, 200, 400 metros e as estafetas de 4x100 e 4x400, em quatro Mundiais consecutivos.
Nesta edição, aponta para ser medalhada quatro vezes - já tem ouro e prata, falta confirmar as das estafetas.
Noah Lyles, por seu lado, é o velocista em melhor forma no setor masculino, conservando agora o ouro na corrida de que mais gosta e em que é o segundo mais rápido de sempre.
Em Budapeste, consegue a 'dobradinha' 100/200, que já não acontecia desde 2015, então com Usain Bolt.
O 'crono' da vitória do agora tricampeão mundial foi de 19,52, com o júnior dos Estados Unidos Erriyon Knighton a terminar em 19,75. O bronze foi para Letsile Tebogo, do Botswana (19,81).
Uma das mais espetaculares atletas da atualidade é a venezuelana Yulimar Rojas, dominadora absoluta do triplo na última meia dúzia de anos... mas hoje passou por um pequeno susto.
Voltou a ganhar, como se esperava, num concurso de altíssimo nível, em que só assegurou o título no último salto, com 15,08.
A tetracampeã deixou a ucraniana Maryna Bekh-Romanchuk, antes dedicada ao comprimento, a apenas oito centímetros, e a cubana Leyanis Perez Hernandez a 12.
Não foi nada fácil a tarefa de Yulimar, que entrou dificilmente no top-8 para os três últimos saltos.
Só no último salto, finalmente, passou de oitavo para primeiro.
A América do Sul esteve bem perto de ganhar outro ouro, no lançamento do dardo, com a colombiana Flor Denis Ruiz a comandar durante muito tempo, com 65,47 metros.
A líder do ano, a japonesa Kitaguchi respondeu ao sexto lançamento com 66,73.
O pódio ficou completado com a australiana Mackenzie Little, com 63,38, enquanto a dupla campeã de 2019 e 2022, a australiana Kelsey-Lee Barber, não passou do sétimo lugar e a chinesa Shiying Liu, campeã olímpica, do sexto.
A meio do decatlo, Leo Neugebauer segue com 4.640 pontos, suplantando o canadiano Pierre Lepage, vice-campeão mundial, e o campeão olímpico de Tóquio, o britânico Damian Warner.
Dos 'deca-ilustres', o grande derrotado é assim o campeão de Eugene, Kevin Meyer, que, lesionado no tendão de Aquiles esquerdo, preferiu não arriscar a um ano dos 'seus' Jogos Olímpicos.
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