Portugal aponta para participar com cerca de 15 atletas nos Campeonatos da Europa de pista coberta, em Istambul, em março do próximo ano, de acordo com os critérios de seleção divulgados pela Federação Portuguesa de Atletismo.
Pedro Pichardo, Auriol Dongmo e Patrícia Mamona, que já têm marcas, deverão ser de novo as figuras de proa da delegação lusa para a Turquia, que incluirá, entre outros atletas com marca e aqueles que acederem pela posição no ranking, uma dúzia de outros nomes.
Os critérios da FPA, divulgados na segunda-feira, replicam em boa parte as regras internacionais, da European Athletics, nomeadamente quanto aos mínimos de apuramento direto e os prazos para os obter.
A aposta da associação europeia de atletismo, a exemplo do que faz a World Athletics, passa por muito poucos inscritos, sobretudo para os concursos, e mesmo para uma final direta nos 4x400 metros.
Nesse contexto, a regra é completar-se o restrito número de atletas que superaram as difíceis marcas de 'mínimo' com os restantes melhores atletas do ranking, que será dinâmico nos próximos três meses, para 'fechar' em 19 de fevereiro.
Pelos números de hoje, Portugal teria somente seis atletas com marca feita, mas mais nove dentro da margem do ranking.
A FPA fixa ainda o 'dever' de fazer marcas de referência nesta época de inverno - exceto para os medalhados do Mundial 'indoor' deste ano e para os top-8 dos Mundiais de Eugene.
No entanto, esclarece desde já que essas marcas "não são obrigatórias", mas apenas "um fator fundamental para a decisão final do Diretor Técnico Nacional".
Para este ano também havia um quadro de marcas de referência, que depois foram 'deixadas cair', aquando de uma atualização de critérios de seleção, a meio da época, o que permitiu alargar a delegação para Eugene2022.
A exemplo do que exige para quem seja qualificado para os Europeus de corta-mato, a FPA pede aos atletas o certificado I Run Clean, do Programa de Educação Antidopagem da Associação Europeia de Atletismo, bem como que participem nos campeonatos de Portugal de pista coberta.
Este ano, nos Mundiais 'indoor' de Belgrado, estiveram 12 atletas, com Dongmo a ser campeã, Pichardo vice-campeão e Mamona sexta.
Na última edição de um Europeu de pista coberta, em Torun em 2021, competiram 16 portugueses, com ouro para Pichardo, Dongmo e Mamona. Francisco Belo foi quarto e Carlos Nascimento quinto, no que foi a melhor participação lusa de sempre.
Atletas que já têm marca para os Europeus de pista coberta ou estão, neste momento, em lugar elegível:
- Femininos:
60 metros (7,24 segundos, 40 vagas):
Lorene Bazolo, qualificada por marca (7,17)
Arialus Gandula, 36.ª
400 metros (52,50, 30 vagas):
Cátia Azevedo, 16.ª
1.500 metros (4.09,00, 27 vagas):
Marta Pen, 14.ª
3.000 metros (8.48,00, 24 vagas):
Mariana Machado, 18.ª
Salto em comprimento: 6,75, 18 vagas):
Evelise Veiga, 14.ª
Triplo salto (14,32 metros, 18 vagas):
Patrícia Mamona, qualificada por marca (14,42)
Lançamento do peso (18,60, 18 vagas):
Auriol Dongmo, qualificada por marca (20,43)
Jessica Inchude, qualificada por marca (18,67)
60 metros (6,63, 40 vagas):
Carlos Nascimento, qualificado por marca (6,62)
400 metros (46,35, 30 vagas):
João Coelho, 26.º
1.500 metros (3.37,40, 27 vagas):
Isaac Nader, 25.º
60 metros barreiras (7,64, 32 vagas):
Abdel Larrinaga, 32.º
Triplo Salto (17,02 metros, 18 vagas):
Pedro Pichardo, qualificado por marca (17,46)
Tiago Pereira, 8.º.
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