O Sporting está “onde merece estar”, segundo o diretor ‘leonino’ de atletismo, após a ‘dobradinha’ nos Nacionais de clubes em pista coberta, em Pombal, enquanto a responsável do Benfica admitiu o “sabor agridoce”.
Os ‘leões’ conquistaram o 19.º triunfo no setor masculino, dois anos depois do último, ao somarem 97 pontos, sucedendo ao Benfica, que soma 11 cetros e o contabilizou 96,5 pontos.
“O Sporting é um clube com muita história e muita tradição. Neste campeonato é o mais bem-sucedido de sempre e nós só colocamos o Sporting no lugar onde merece estar”, afirmou Paulo Reis, em declarações à agência Lusa.
O responsável enalteceu a competitividade do clube, que reconquistou o título, dois anos depois – então numa edição num formato diferente decido à pandemia de covid-19 – e sete anos depois do último título ‘normal’.
“Conseguimos ser mais competitivos, não falhámos, e aproveitámos uma brechazinha que havia. Já sabíamos que ia ser assim, era preciso aproveitar um resultado menos conseguido para somarmos os pontos que necessitávamos. Esta equipa queria vencer, sabia que podia vencer e, finalmente, voltámos a ganhar”, explicou Paulo Reis.
No feminino, o Sporting celebrou o 28.º cetro, o 13.º seguido, com um total de 93 pontos, mais 2,5 do que o Benfica, segundo classificado, apesar de ter ficado a ‘zeros’ nos 3.000 metros, devido à inscrição tardia de Rita Figueiredo.
“Tivemos um campeonato muito sofrido, muito difícil, nos homens já esperávamos. Nas mulheres houve umas contingências, fora da pista, que dificultaram a nossa vitória, mas isso só faz com que a vitória tenha melhor sabor”, vincou Reis.
Sem qualquer ponto nos 3.000 metros, o responsável ‘leonino’ chegou a temer pelo triunfo.
“Temi, honestamente temi. Tínhamos uma vantagem do primeiro dia, já tínhamos aumentado a vantagem, mas dentro da pista a superioridade foi muito maior do que 2,5 pontos. Tínhamos uma atleta pronta para correr, que foi impedida de participar na prova”, referiu o técnico do Sporting.
Do lado ‘encarnado’, a coordenadora técnica do atletismo lamentou o segundo desaire na competição masculina – depois de 2017, uma vez que em 2021 o clube não participou.
“É um sabor agridoce. Em 13 anos, 24 tentativas, é a segunda vez que perdemos. Este é um discurso para o qual não estamos habituados, mas não é real. Tenho de dar os parabéns ao nosso adversário, o Sporting, que esteve sempre à espera de uma oportunidade e nós demo-la em duas provas”, reconheceu Ana Oliveira.
Apesar do meio ponto de desvantagem, a responsável ‘encarnada’ assumiu a responsabilidade.
“Estou muito contente com a equipa. Sempre dissemos que éramos os melhores, mas nunca dissemos que éramos invencíveis. Sabemos que nestas competições é um ‘mata-mata’, quem falha perde, assumo totalmente a responsabilidade, a decisão das ‘peças’ é minha e voltaria a fazer exatamente a mesma coisa. Quanto estamos muito equilibrados, a sorte cai para um lado e, desta vez, caiu para o lado do Sporting”, vincou.
No setor feminino, Ana Oliveira reconheceu ter cumprido o objetivo de ‘assustar’ o Sporting, depois de dois anos de ausência da competição ‘indoor’.
“Nas meninas, sabíamos que podia ser um ano de aproximação um bocadinho assustador para o Sporting e foi. Tivemos três reforços que não puderam vir aqui, mas sabíamos que, aqui, só perante um descuido ou uma infelicidade poderíamos chegar à vitória”, concluiu.
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