Na última prova dos Mundiais de atletismo, o sueco Armand Duplantis bateu hoje o recorde do mundo do salto com vara, o segundo máximo do dia, depois do inesperado recorde da nigeriana Tobi Amusan nas barreiras.
Mesmo no fecho do programa da 10.ª e última jornada destes campeonatos que decorreram em Eugene, Duplantis não gorou as expetativas e acrescentou um centímetro ao recorde.
Totalmente diferente foi a situação nos 100 metros barreiras, já que Amusan bateu o recorde, com 12,12 segundos, nas semifinais. Venceu na final, ela que não era favorita, só que o vento irregular não permite a homologação do que seria novo recorde.
Aos 22 anos, parece cada vez mais claro que não há limites para Duplantis, filho de pai norte-americano e mãe sueca, que optou por competir pela Suécia.
Acima de seis metros só estava ele em prova. Depois de um salto intermédio a 6,06, mandou a fasquia subir para recorde do mundo, que passou à segunda tentativa.
A anterior marca também era dele, os 6,20 metros com que este ano se sagrou campeão do mundo em pista coberta, em Belgrado.
Chistopher Nilsen, o melhor dos norte-americanos, e o filipino Ernest John Obiena passaram 5,94 e ficam com prata e bronze, respetivamente.
Fora das previsões estava o sucesso de Amusan nas barreiras, ganhando a final em 12,06 segundos, mas com vento a soprar a 12,06.
Para a história fica o recorde de 12,12 conseguidos na semifinal que ganhou, ao lado da anterior recordista, a norte-americana Kendra Harrison.
Na final, foi necessário recorrer aos milésimos para desempatar a prata da jamaicana Britany Anderson da porto-riquenha Jasmine Camacho-Quinn, campeã olímpica (12,23 para ambas).
Depois da inesperada lesão na véspera de Damion Warner, que liderava a competição, o decatlo fechou com mais 'lógica' e consagrou o francês Kevin Meyer, a reconquistar o título de há cinco anos.
Chegou aos 8.816 pontos, contra 8.701 do canadiano Pierce Lepage e 8.676 do norte-americano Zachery Ziemek
Na última corrida individual masculina, os 5.000 metros, o norueguês Jakob Ingebrigtsen fez melhor do que nos 1.500 metros, em que foi segundo, e ganhou com 13.09,24 minutos.
O campeão olímpico embalou muito forte na última meia volta, sem reação à medida do queniano Jacob Krop, prata, e do ugandês Oscar Chelimo, bronze.
Espetacular quarto lugar para o guatemalteco Luis Grijalva, que por muito pouco não deu a primeira medalha ao seu país.
Grijalva entrou ilegalmente nos Estados Unidos, ainda bebé, e vive no Arizona, ao abrigo do programa de apoio às centenas de milhares de imigrantes sem documentos.
Os Estados Unidos venceram ambas as estafetas de 4x400 metros, em ambos os casos com boa vantagem.
No setor masculino, Elija Godwin, Michael Norman, Bryce Deadmon e Champion Allison correram em 2.56,17 minutos, mais de dois segundos à frente da Jamaica e da Bélgica.
Para a corrida feminina, os Estados Unidos fizeram alinhar uma equipa com especialistas de 200 metros e barreiras, composta por Talitha Diggs, Abby Steiner, Britton Wilson e Sydney MacLaughlin.
Venceram em 3.17,79, deixando a Jamaica e a Grã-Bretanha a três segundos.
O sucesso da estafeta norte-americana é extensível às atletas que correram na véspera as semifinais, o que significa que Allison Felix chega mesmo à sua 20.ª medalha em Campeonatos do Mundo.
Também hoje, os 800 metros e o salto em comprimento do setor feminino terminaram com o triunfo das principais favoritas.
Nos 800 metros, a norte-americana Athing Mu, campeã olímpica, triunfou com 1.56,30 minutos. A britànica Kelly Hodgkinson foi segunda e a queniana Mary Moraa terceira.
A alemã Malaika Mihambo, campeã olímpica e mundial de Doha2019, começou com dois nulos e chegou a estar seriamente ameaçada de prosseguir em prova, mas depois com 7,12 metros conseguiu o ouro.
Nos lugares imediatos do pódio ficaram a nigerina Ese Brume e a brasileira Letícia Melo.
Comentários