A portuguesa Cátia Azevedo ficou hoje pelas eliminatórias dos 400 metros nos Campeonatos do Mundo de atletismo, em Budapeste, com o quarto lugar na terceira série, em 51,93 segundos.
A velocista do Sporting, de 29 anos, concluiu a qualificação com o 32.º tempo entre as 48 presentes, quedando-se fora dos seis lugares de repescagem para as meias-finais.
“Podia ter sido melhor. A eliminatória é sempre a corrida mais difícil de nós fazermos. Estamos frescos, mas, ao mesmo tempo, não temos noção de ritmos. Talvez a corrida de ontem [estafeta mista 4x400 metros, no sábado] me tenha desgastado um bocado. Eu acho que não, porque me senti bem, apesar de ter quebrado um pouco no final, se calhar demais, e fez a diferença para o lugar de qualificação direta. E, pronto, saio eu”, explicou Cátia Azevedo.
Na zona mista do Centro Nacional de Atletismo, a recordista nacional da distância, com o registo de 50,59 segundos, admitiu ter ficado aquém dos objetivos que tinha para Budapeste2023.
“Falhei os dois objetivos, que era a semifinal e a qualificação olímpica [cuja marca é de 50,95], mas foi um ano bastante exigente, bastante atribulado e tenho de estar grata por ter estado aqui”, referiu.
Cátia Azevedo avaliou ainda a primeira presença lusa na estafeta mista 4x400 metros, lamentando a ausência de João Coelho, recordista nacional da distância.
“Nós temos uma equipa e temos de dar o corpo pela equipa. Eu tenho muitos campeonatos no corpo e quando entrei para esta equipa, vesti-lhe a pele e esperava que o meu colega fizesse o mesmo, mas não o fez. Apesar de os nossos dirigentes dizerem que ele [João Coelho] não tinha acreditação, mas ele nem aqueceu connosco, ao contrário da Carina [Vanessa], nossa suplente, que estava na mesma situação e esteve connosco”, recordou.
Sem Coelho, a estafeta lusa alinhou com Omar Elkhatib, Cátia Azevedo, Ricardo dos Santos e Fatoumata Diallo, que concluíram as quatro voltas à pista do novo Centro Nacional de Atletismo em 03.15,75 minutos, a mais de um segundo e meio do recorde nacional (03.14,06), conseguido em Chorzow, no Campeonato da Europa de equipas, integrado nos Jogos Europeus.
Mesmo assim, a atleta natural de Oliveira de Azeméis considerou “muito bom” o desempenho da estafeta nacional, no sábado, que tinha “um grande objetivo”, que seria assegurar uma equipa nos Jogos Olímpicos Paris2024.
Com o registo de 49,90 segundos, a dominicana Marileidy Paulino, medalha de prata nos Jogos Olímpicos Tóquio2020 e nos Mundiais Oregon2022, conseguiu o melhor tempo da qualificação.
A campeã em título, Shaunae Miller-Uibo, das Bahams, foi eliminada, apesar de ter conseguido o melhor tempo do ano (52,65), na primeira grande competição desde que foi mãe, em 20 de abril último.
A última repescada para as meias-finais foi a colombiana Evelis Jazmin Aguilar, com o tempo de 51,27.
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