A organização da Meia Maratona de Lisboa assumiu hoje como grande objetivo estabelecer um novo recorde do mundo feminino na distância, no ano em que se assinalam os 30 anos da prova, agendada para 22 de março.
Na conferência de apresentação da prova, Carlos Móia, presidente do Maratona Clube de Portugal, entidade que organiza a prova, destacou que em Lisboa vai estar uma “elite fantástica” e que entre as mulheres há a possibilidade de fazer história.
“No setor feminino estamos preparados para bater o recorde do mundo aqui em Lisboa”, confidenciou o presidente do Maratona, num feito que poderá valer à vencedora um prémio de 100.000 euros.
Entre as principais candidatas estão duas das três medalhadas na maratona dos campeonatos mundiais de Doha, em 2019: a campeã Ruth Chepnegetich, do Quénia, e que em Lisboa foi quarta classificada em 2017, e Rose Chelimo, do Bahrain, que foi vice-campeã da maratona em Doha e vencedora da prova lisboeta em 2015.
Dera Dida Yami, medalha de prata no Mundial de corta-mato, é outro dos nomes sonantes no pelotão feminino, que conta com 12 mulheres com recordes pessoais abaixo dos 69 minutos.
O recorde do mundo feminino é de 1:06.11 horas e pertence à etíope Netsanet Gudeta desde 1991.
No setor masculino, o destaque vai para o eritreu Zersenay Tadese, ex-recordista mundial da meia maratona e que conseguiu essa marca (58.23 minutos) precisamente em Lisboa, numa das três vitórias que já conta no currículo.
No total, entre os homens, há 20 atletas com recordes pessoais abaixo dos 61 minutos, com destaque ainda para o queniano Micah Kogo e para o eritreu Yohanes Ghebergergis.
Entre os portugueses, Hermano Ferreira e Samuel Barata serão os atletas mais experientes na estrada, enquanto do lado feminino Dulce Félix e Catarina Ribeiro lutarão pelo prémio de melhor portuguesa em prova.
A organização da Meia Maratona de Lisboa informou que as inscrições para a prova estão esgotadas há dois meses, com um total de 16.500 atletas, o que Carlos Móia considerou “um sonho tornado realidade”, num fim de semana que ficará ainda marcado pela estreia da distância de 10 quilómetros, também já esgotada e com um total de 13.300 inscritos, por uma prova de sete quilómetros, uma caminhada e uma corrida para os mais novos, entre os 6 e os 16 anos.
Além do contentamento de ter uma prova esgotada com tanto tempo de antecedência, Carlos Móia sublinhou o mérito da organização em contar com a presença de 9.000 atletas estrangeiros e elogiou o percurso feito ao longo dos 30 anos de história da prova lisboeta.
“É uma data histórica e fantástica. Não é fácil estar todos estes anos à frente de uma prova deste nível. São 30 anos memoráveis, e que são um marco importante do atletismo e da cidade de Lisboa”, completou.
A 30.ª edição da Meia Maratona de Lisboa está marcada para o dia 22 de março, num dia em que haverá também uma prova de 10 quilómetros, que no total juntará na capital portuguesa 35.000 atletas.
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