A maratona do Porto vai regressar à estrada em 07 de novembro, com atletas africanos a sobressaírem entre oito mil a 10 mil inscritos, visando melhorar o recorde de 2:09.05 horas fixado pelo ugandês Robert Chemonges em 2018.

“Esse é objetivo principal. Estou certo de que, se o tempo permitir e não houver ventos que prejudiquem o andamento, temos um naipe de atletas para bater o recorde desta prova, quer nos homens, quer nas mulheres”, afiançou à agência Lusa o diretor-geral da Runporto, Jorge Teixeira, à margem da apresentação da 17.ª edição da tradicionalmente mais participada maratona portuguesa, no Salão Árabe do Palácio da Bolsa, no Porto.

Os quenianos Emmanuel Kichwen, Bernard Too, Ezekiel Mutai, Ezekiel Kemboi, Collins Kiptoo, Mike Chesire, Sila Kiptoo e Judith Cherono, além dos etíopes Asnake Negawo, Tadesse Temechachu e Firew Tsega, são candidatos à sucessão do etíope Deso Gelmisa, vencedor da última edição presencial da prova, em 2019, com 2:09.08 horas.

Já as etíopes Selam Alebachew, Meskerem Hunde, Buzunesh Gudeta, Motu Gedefa, Shewarge Amare, Feyne Gedema e Kidsan Gebremedhin, bem como as quenianas Monica Cheruto e Lydiah Mathati, surgem como principais favoritas no quadro feminino, cuja derradeira vencedora foi a etíope Bontu Bekele Gada, ao fim de 2:33.38 horas.

“A meia-maratona [realizada em 19 de setembro] era a nossa primeira prova presencial depois da pandemia de covid-19 e não queríamos correr riscos. Nesta prova, para obtenção de marcas, temos de ter africanos, porque, neste momento, não há atletas brancos a correrem como eles. Este grupo de elite vai ser permanentemente vigiado, testado com regularidade e estará numa ‘bolha’ durante a estadia em Portugal”, notou.

De novo distinguida com o selo de bronze da World Athletics, a maratona do Porto vai reunir participantes de 52 nacionalidades, sendo que o lote português estará encabeçado por Carlos Costa (São Salvador do Campo) e pela estreante Solange Jesus (Feirense).

“As expectativas são positivas e estamos muito animados. Apesar do menor número de participantes, vamos alcançar cerca de 70% da normalidade. Estamos empenhados em continuar a fazer desta competição, que os portugueses continuam a considerar como a sua maratona, um marco de promoção da cidade e do país fora de portas”, sublinhou.

A entidade de Jorge Teixeira seguirá o plano sanitário observado na meia-maratona do Porto, que prevê o uso obrigatório de máscara durante os 200 metros iniciais da corrida e após a chegada, sendo que só participa quem tiver um teste negativo, PCR até 72 horas da prova ou antigénio até 48 horas, ou certificado digital, que ateste vacinação completa.

“A grande diferença é que, se até aqui tínhamos restrição no número de participantes, agora já não temos. É de realçar o seu enorme civismo, pois fazem questão de cumprir com as regras, algo fundamental para a continuidade destes eventos. Acho que conseguimos passar verdadeiramente a mensagem e eles absorveram-na. Com isso, tornamos o evento seguro, tal como é nosso apanágio”, frisou o dirigente da Runporto.

Cancelado em 2020 devido à pandemia, o evento irá desta vez dispersar o percurso de 42,195 quilómetros pela frente atlântica das cidades de Porto e Matosinhos, já que as obras no tabuleiro inferior da Ponte D. Luís I limitam a passagem por Vila Nova de Gaia.

Outra alteração consiste no regresso do local de chegada à Avenida do Parque, junto ao Parque da Cidade, devido à instalação do centro de vacinação e testagem à covid-19 no Queimódromo, que, desde 2016, acolhia a meta da maratona e das provas associadas.

O evento começa às 09:00, junto ao Sea Life, na via do Castelo do Queijo, onde iniciam em simultâneo uma corrida solidária, este ano reduzida de 15 para 10 quilómetros, e uma caminhada de 6.000 metros, sem fins competitivos e destinada a todas as faixas etárias.

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