Mais de 25 atletas, na maioria mulheres, foram alvo de mensagens ofensivas nas redes sociais, sobretudo e cariz machista e racista, durante os Mundiais de atletismo, disputados em julho, indica uma análise divulgada hoje pela World Athletics (WA).
O organismo que tutela o atletismo mundial utilizou uma ferramenta para monitorizar as contas nas redes sociais Twitter e Instagram de 461 atletas, alguns dias antes, durante, e depois dos Mundiais, que decorreram em Eugene, nos Estados Unidos, e que contaram com mais de 1.900 atletas.
De acordo com os resultados, 27 atletas, dos quais 16 mulheres, foram alvo de comentários de ódio, desses 40% de caráter sexista e 20% de cariz racista.
A WA refere que dois atletas – um homem e uma mulher – foram particularmente visados pela “violência digital” e concluiu que a maioria dos comentários é motivada por questões extradesportivas e não pelos resultados na competição.
“Os resultados desta análise são preocupantes, mas é importante sabermos onde e como os nossos atletas são atacados nas redes sociais, para que possamos agir e protegê-los para que tal não volte a acontecer”, afirmou Sebastian Coe, presidente da WA.
O organismo indica que foram analisadas mais de 425.000 mensagens e entende ter o direito de denunciar os autores dos comentários mais violentos às autoridades nacionais, para possíveis processos judiciais.
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