O etíope Guye Adola venceu hoje pela primeira vez a maratona de Berlim, com uma marca de 2:05.45 horas, à frente do queniano Bethwell Yegon e do compatriota Kenenisa Bekele, dominador em 2016 e 2019 e maior favorito.
Guye Adola, de 30 anos, celebrou com o tempo mais lento da prova desde 2009, bem longe do recorde mundial de 2:01:39 horas fixado pelo queniano Eliud Kipchoge há três anos, deixando Bethwell Yegon a 29 segundos e Kenenisa Bekele a 01.02 minutos.
Especialista na meia-maratona, Guye Adola já tinha brilhado na capital alemã em 2018, quando foi segundo na estreia na distância de 42,195 quilómetros, apenas superado por Eliud Kipchoge, tornando-se agora o terceiro etíope a conquistar a prova, após Bekele e Haile Gebrselassie, recordista de triunfos, com quatro seguidos, entre 2006 e 2009.
Kenenisa Bekele, que tinha ficado há dois anos a dois segundos de igualar o recorde mundial, falhou a missão de renovar o melhor tempo da distância, que o levara a abdicar da presença na maratona dos Jogos Olímpicos Tóquio2020, arrebatada por Kipchoge.
A Etiópia dominou por completo a competição feminina, com Gotytom Gebreslase a eternizar a sua estreia na maratona com uma surpreendente vitória, ao fim de 2:20.09 horas, superando por 01.14 minutos Hiwot Gebrekidan, segunda, que é a maratonista mais rápida do ano, com 2:19.35, ao passo que Helen Tola fechou o pódio, a 02.56.
A maratona de Berlim, criada em 1974 e ineditamente cancelada no ano passado, devido à pandemia de covid-19, inaugurou o calendário anual das ‘majors’, seguindo-se as corridas em Londres (03 de outubro), Chicago (dia 10), Boston (dia 11) e Nova Iorque (07 de novembro), enquanto a etapa em Tóquio já foi adiada para 06 de março de 2022.
Cerca de 25.000 atletas competiram na capital da Alemanha, onde decorrem hoje três eleições e um referendo, sobressaindo a escolha de um novo governo e a definição do sucessor de Angela Merkel, que se despede do cargo de chanceler 16 anos depois.
Comentários