A Federação Portuguesa de Atletismo (FPA) não definiu provas de observação para os Europeus de corta-mato, a exemplo do que fez no ano passado, nem definiu, no documento hoje tornado público, quantos atletas pretende levar a Turim, em dezembro.

Os 'Critérios de Seleção' agora divulgados apenas referem que irão os atletas que o Diretor Técnico Nacional "entender terem as melhores condições para representar a equipa nacional", após a análise das provas realizadas no mês de novembro, até ao dia 27.

A ida ao Campeonato Nacional de Corta-Mato, que terá lugar no último domingo do mês na Amora (Seixal, Setúbal), é a única imposição de provas, sendo também exigido o certificado europeu 'I Run Clean', de educação antidopagem.

Sem fixar qualquer meta quantitativa, a FPA refere que estão em causa lugares para as corridas para os escalões absolutos, sub-23 e sub-20, podendo ser chamados atletas mais jovens, "na procura da melhor classificação coletiva".

No ano passado, o Nacional de Corta-Mato esteve rodeado de forte polémica, devido aos problemas na chegada à meta. O 'caos' da chegada espoletou mesmo um movimento de crítica por parte de vários atletas de elite, em que se pedia uma reflexão sobre o acontecido e, em última análise, a demissão da direção da FPA.

Portugal acabou por não levar aos Europeus de Dublin qualquer atleta feminina à prova absoluta, sendo quatro os que competiram em masculinos. A aposta foi um pouco mais forte nos escalões de sub-23 (seis homens e duas mulheres) e sub-20 (quatro homens e quatro mulheres).

O único resultado relevante foi o terceiro lugar em sub-23 da bracarense Mariana Machado.