O empresário do norte-americano Justin Gatlin criticou na segunda-feira o “tratamento desumano e antidesportivo” ao novo campeão mundial dos 100 metros por parte da Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF) e do seu presidente, Sebastien Coe.
O líder da IAAF, defensor da irradiação em casos reincidentes de doping, disse no domingo que o sucesso de Gatlin, com dois controlos positivos, que lhe valeram uma suspensão de quatro anos, “não é o cenário ideal” para o atletismo.
“Estou indignado. Não apoio o doping, mas Justin Gatlin cumpriu uma pena e respeita as regras da IAAF. Contar uma história em que ele é o vilão não é justo. É um tratamento desumando e antideportivo”, comentou Renaldo Nehemiah, antigo recordista mundial dos 110 metros barreiras, à BBC.
Nehemiah insistiu que Gatlin “já cumpriu o seu castigo” e que, se a IAAF não aceita o regresso às pistas do norte-americano, “que mude as regras”.
No sábado, 12 anos depois do seu último título mundial dos 100 metros, Gatlin voltou a conquistar o ouro na distância, ao correr em 9,92 segundos, à frente do compatriota Christian Coleman (9,94) e do jamaicano Usain Bolt (9,95).
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