O presidente da Federação Portuguesa de Atletismo (FPA), Domingos Castro, afirmou na terça-feira que Mariana Machado “foi excecional”, ao alcançar o sexto lugar nos Europeus de corta-mato, que considerou “muito positivos”.
Depois das medalhas de bronze nos Europeus de 2019, em Lisboa, na prova de sub-20, e de 2021, em Dublin, na prova de sub-23, a atleta de 24 anos estreou-se na competição de seniores no domingo, na cidade turca de Antalya, e alcançou o melhor resultado luso desde 2013.
“A Mariana Machado, sexta classificada, foi excecional. No cômputo geral, foi aquilo que prevíamos. Foi muito, muito positivo”, realçou o dirigente, à margem da cerimónia de lançamento da primeira pedra da futuro Centro de Atletismo de Famalicão.
Tetracampeã nacional, a atleta do Sporting de Braga destacou-se na comitiva de 40 portugueses que marcou presença na Turquia para as provas femininas e masculinas seniores, sub-23 e sub-20, bem como para a estafeta mista.
Já o campeão nacional sénior, Miguel Moreira, concluiu os 7.832 metros do percurso na 13.ª posição, a melhor prestação de um atleta luso desde 2010, num dia em que Portugal alcançou o 10.º lugar coletivo na prova masculina, repetindo o desempenho de 2023, e o nono lugar por equipas na corrida feminina, após dois anos sem representação.
Domingos Castro salientou que os Europeus de 2024 ficam marcados pelo facto de a seleção portuguesa voltar a apresentar equipas completas em todas as provas, circunstância que se verificara pela última vez em 2010.
“Antes de partirmos, tive a oportunidade de dizer a todos os jovens que não se preocupassem com a classificação. O mais importante era a participação. Há 14 anos que não se levava seleções completas. Houve choros de alegria por estas seleções irem completas. Estes jovens estão muito motivados. Essa foi a primeira grande vitória”, afirmou.
A preocupação da FPA, neste momento, é “dar todas as condições” aos atletas para se apresentarem “bem preparados” na edição de 2025 dos Europeus, a realizar-se no concelho algarvio de Lagoa, numa ótica de trabalho “a longo prazo”, acrescentou.
“Estamos a trabalhar mais para a frente, a longo prazo. Há 20 anos, havia muitos portugueses de alto nível internacional [no corta-mato]. A preocupação, para já, é dar aos atletas as condições de que precisarem”, disse.
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