Diogo Ferreira e Edi Maia foram os últimos competidores na primeira jornada dos Campeonatos de Portugal de pista coberta, que decorrem em Pombal, e protagonizaram um dos duelos mais interessantes do dia.
Com um Edi Maia, do Sporting, motivado, que passou 5,20 metros à terceira tentativa, foi respondendo sempre Diogo Ferreira, do Benfica, que, a partir daí, se viu na frente da competição, com ambos a passar 5,40 à segunda tentativa. A decisão foi a 5,50 metros, à terceira tentativa, com o sportinguista a falhar e o benfiquista a passar e a conquistar o seu terceiro título. Depois, Diogo Ferreira ainda tentou os 5,65, marca de qualificação para Glasgow, mas falhou as três tentativas.
Nos 60 metros masculinos, que conheceram uma ausência de última hora, o líder da disciplina, o sportinguista Carlos Nascimento (que já se qualificou para Glasgow), não se apresentou por estar com gripe, abrindo-se assim o leque de favoritos, com o triunfo a cair para Frederico Curvelo, que fez um recorde pessoal na distância (6,75 segundos), a três centésimos da qualificação para os Europeus.
Contudo, a final foi conturbada, com quatro falsas partidas, que levaram à desclassificação de três atletas, entre os quais um dos favoritos, Ancuian Lopes.
Surpreendente foi a vitória de Nuno Pereira, do Sporting, nos 1.500 metros, derrotando o benfiquista Emanuel Rolim, vindo de Torun, onde conseguiu a marca de qualificação para os Europeus de Glasgow. Numa prova lenta, decidida nos metros finais, o sportinguista terminou em 4.00,40, menos 52 centésimos que o benfiquista.
Mais surpreendente foi o desfecho da prova de 400 metros. Com os melhores portugueses do momento, exceto Raidel Acea, que correu na sexta-feira em Madrid.
Na última série, o finalista dos Europeus ao ar livre, Ricardo dos Santos, do Benfica, não conseguiu fazer a corrida que queria, mostrando-se algo contraído, disso se aproveitando o jovem João Coelho, também do Benfica, que correu em 47,70 segundos, o seu melhor registo deste ano, para um triunfo inédito.
O seu jovem colega de equipa Mauro Pereira também aproveitou o 'comboio' para terminar em segundo (48,48 segundos), à frente de Ricardo dos Santos (48,91), que ainda fez uma marca inferior à de André Marques, do Sporting, vencedor da série anterior, com 48,79.
Ainda nas provas masculinas, destaque para o 19.º título de João Vieira, nos 5.000 metros marcha, para o triunfo de Carlos Veiga, do Sporting, no triplo salto, com 16,25 metros, marca conseguida no seu último ensaio, e para Manuel Dias, que segue à frente no heptatlo masculino, com 2.962 pontos.
Nas provas femininas, as atletas do Sporting dominaram com seis vitórias em oito possíveis. Apenas fugiram às 'leoas' os triunfos no lançamento do peso, por Eliana Bandeira, do Benfica, que lançou a 16,34 metros, mas ainda assim, na realidade, a primeira foi uma atleta do Sporting, a camaronesa Auriol Dongmo (16,57), e nos 3.000 metros marcha, por Ana Cabecinha, do Pechão, que conseguiu o seu nono título (oitavo consecutivo).
Grande desempenho de Evelise Veiga no comprimento, que saltou 6,44 metros e depois 6,46, as suas melhores marcas de sempre, mas ficou a escassos quatro centímetros da marca de qualificação para Glasgow.
Nos 60 metros, Lorene Bazolo venceu em 7,33 segundos (mas fez 7,32 na eliminatória, melhor marca portuguesa do ano), Anabela Neto igualou a melhor marca portuguesa no salto em altura (1,82) e no salto com vara registou-se uma grande luta com Leonor Tavares a derrotar Marta Onofre, ambas a conseguirem 4,20 metros. Nos 1.500 metros, Salomé Afonso venceu em 4.25,74 minutos, enquanto, nos 400 metros, a jovem Carina Vanessa surpreendeu com 56,28 segundos, o seu melhor.
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