O campeão mundial e segundo mais rápido da história, graças à marca de 57.37 minutos, não promete correr para bater o recorde mundial na prova portuguesa, que assinala este ano a sua 30.ª edição, após o interregno em 2020, devido à pandemia da covid-19, mas assegura estar em boa forma e ter um objetivo concreto.

“Sinto-me bem e vou dar o meu melhor. Os meus últimos treinos correram bem e vou fazer o meu melhor no domingo. Vim para ganhar e talvez bater o recorde do percurso”, avançou o atleta, depois de confessar estar “muito entusiasmado por estar em Portugal, pela primeira vez”, acrescentando ser “um grande prazer”.

Apesar de reconhecer não poder dizer muito, por ter chegado esta manhã, Jacob Kiplimo contou que ficou agradado com o clima: “Parece-me bom.”

O atleta disse estar “mais bem preparado que há um ano em Valência”, onde registou a segunda melhor marca da distância, ficando a apenas cinco segundos do máximo mundial de Kibiwott Kandie.

“Temos muitas corridas importantes no próximo ano. É ano de campeonato do mundo e o meu objetivo é ser campeão mundial”, acrescentou o ugandês, no final da conferência de imprensa de apresentação dos últimos preparativos para a prova lisboeta.

A 30.ª edição da meia maratona de Lisboa vai apresentar, este ano, algumas novidades, como a realização da corrida de 10 km e uma meta verde, feita com plantas naturais, como forma de promover a sustentabilidade ambiental, assim como “uma medalha diferenciadora” numa prova que, como defendeu Carlos Moya, “pretende por Portugal a correr”.

“Não quero falar em recordes do mundo. O tempo tanto pode ajudar como prejudicar, vamos fazer uma grande prova com vários atletas abaixo dos 60 minutos, outros com 58 minutos e um com 57 minutos. Tudo pode acontecer, mas será uma prova muito competitiva, em termos de elite, mas o recorde do mundo não é a prioridade das prioridades”, frisou o presidente do Maratona Clube de Portugal.

Além de Jacob Kiplimo, o pelotão da elite vai contar com mais nove atletas com marcas abaixo de uma hora, incluindo Shadrack Kimining (59.27), Huseyidin Esa (59.32), Edmond Kipngetich (59.41) e Hillary Kipkoech (59.44), entre outros. Na prova feminina, destaque para Tsehay Gemechu, detentora da melhor marca (1:05.08 horas), conseguida este ano em Copenhaga.