Cabo Verde conta com uma comitiva de 46 atletas, numa delegação de 69 pessoas, nos Jogos da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), organizados pela primeira vez por São Tomé e Príncipe, de 21 a 28 de julho.
Os números foram hoje avançados, na cidade da Praia, pelo diretor-geral dos Desportos (DGD) cabo-verdiano, Anildo Santos, indicando ainda que os restantes elementos da comitiva serão dirigentes, treinadores, árbitros, agentes de saúde e um jornalista.
A chefe da missão cabo-verdiana será a técnica da DGD, Idalina Almeida, e o chefe da delegação será o atleta e treinador Dário Furtado.
Anildo Santos adiantou que Cabo Verde estará representado em todas as modalidades propostas pela comissão organizadora, nomeadamente atletismo (masculinos e femininos), atletismo para portadores de deficiência, basquetebol (femininos), futebol (masculinos), taekwondo (masculinos e femininos) e voleibol de praia (masculinos e femininos).
O orçamento da participação cabo-verdiana é de 17 milhões de escudos (154 mil euros), mas Anildo Santos avançou que o Governo já disponibilizou 1.380 mil escudos (12.500 euros) que será distribuído a todas as modalidades para a sua preparação.
O responsável governamental disse que o Governo de Cabo Verde faz uma "aposta muito forte" nos Jogos da CPLP, evento multidesportivo que o país organizou há dois anos e que tem catapultado "grandes atletas" para a alta competição.
"O objetivo destes jogos é a solidariedade, a cooperação e amizade entre os povos, principalmente os atletas e os agentes desportivos, mas sabemos que há países que fazem uma grande aposta, como o Brasil, Portugal, Moçambique e Angola, e nós também não podemos ficar atrás, sabendo que é uma faixa [etária] que temos de acarinhar", salientou.
Os Jogos da CPLP são destinados a atletas de ambos os sexos dos sub-16, exceção para a natação e atletismo paralímpico, em que podem participar atletas dos sub-20.
Esta será a primeira vez que São Tomé Príncipe vai organizar o evento, após dez edições qu aconteceram em todos os outros países da comunidade lusófona, à exceção de Timor-Leste, que quer organizar em 2020, e Guiné Equatorial, que entrou para a CPLP há quatro anos.
Anildo Santos sublinhou as "dificuldades" de São Tomé e Príncipe, mas notou que o país está a fazer um "grande esforço" para realizar estes XI Jogos da CPLP.
O diretor-geral avançou que São Tomé e Príncipe solicitou apoio a Cabo Verde em basquetebol, e o selecionador cabo-verdiano da modalidade, Manuel Trovoada, vai formar agentes desportivos naquele país, onde também estará por altura dos jogos para apoiar na organização.
Em representação das modalidades, o presidente do Comité Paralímpico Cabo-verdiano (COPAC), Rodrigo Bejarano, salientou a importância do intercâmbio nos jogos, mas disse que outras das ambições é colocar os jovens atletas em condições de competir ao mais alto nível.
Os Jogos da CPLP são um evento multidesportivo cuja primeira edição foi realizada em 1992, em Lisboa, seguindo-se Bissau (1995), Maputo (1997), Praia (2002), Luanda (2005), Rio de Janeiro (2008), Maputo (2010), Mafra (2002), Luanda (2014) e Sal (2016).
Portugal foi o país mais medalhado na última edição, com 22 de ouro e oito de prata, seguido de Moçambique (15 de ouro, 11 de prata e oito de bronze), Angola (três de ouro, sete de prata e 15 de bronze) e Cabo Verde (três ouro, duas de prata e sete bronze).
São Tomé e Príncipe conquistou cinco medalhas de prata e duas de bronze e o Brasil ganhou uma de prata e outra de bronze, enquanto Timor-Leste não levou qualquer medalha nos jogos com cerca de cerca de 500 atletas, mas sem a presença da Guiné-Bissau e de Guiné Equatorial.
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